
Legenda: Um MiG-31K equipado com o Kh-47M2 Kinzhal. Foto: Kremilin RU

Caças MiG-31 armados com mísseis Kinzhal voam próximo a Polônia. Quatro caças MiG-31K armados com mísseis Kinzhal colocaram o sistema de defesa aérea Patriot da Polônia em alerta máximo.
A Polônia colocou brevemente os sistemas de defesa aérea Patriot do aeroporto de Rzeszów-Jasionka em alerta máximo depois que quatro caças russos MiG-31K, armados com mísseis balísticos Kh-7M2 Kinzhal, sobrevoaram o Mar Báltico em direção oeste, permanecendo no espaço aéreo russo, informou o jornal Bild e a mídia regional.
Embora nenhuma fronteira tenha sido cruzada, a combinação de aeronaves interceptoras de alta velocidade e mísseis hipersônicos de longo alcance movendo-se ao longo da periferia nordeste da OTAN desencadeou imediatamente os procedimentos padrão de contingência para proteger o principal centro logístico da aliança para a Ucrânia.
O incidente demonstra como, no atual contexto estratégico, mesmo voos realizados estritamente no espaço aéreo russo podem produzir mudanças rápidas no nível de alerta no flanco leste da OTAN. Para a Polônia e seus aliados, este episódio constitui um teste prático de resistência para a defesa aérea e antimíssil integrada, e um lembrete de que a dissuasão moderna é medida não somente pelo armamento, mas também pela rapidez e consistência da resposta.
No centro da resposta polonesa e alemã estão as unidades de defesa antimíssil MIM-104 Patriot implantadas em Rzeszów, que formam a camada superior de um sistema multinacional de defesa aérea e antimíssil sobre o sudeste da Polônia. Operados por unidades da Luftwaffe sob comando da OTAN, esses sistemas combinam um radar de controle de tiro de varredura eletrônica, estações de controle de combate e lançadores móveis capazes de disparar diferentes famílias de interceptores, incluindo o PAC-2 e o PAC-3, contra aeronaves, mísseis de cruzeiro e ameaças balísticas de curto, longo alcance e alta altitude.
O próprio aeródromo de Rzeszów-Jasionka é um importante centro de trânsito para a ajuda militar ocidental à Ucrânia, tornando a proteção da base uma prioridade não só para Varsóvia, mas para toda a aliança. Na prática, colocar as baterias Patriot em alerta significou uma mudança da vigilância de rotina para uma postura em que sequências de combate contra qualquer rota hostil poderiam ser iniciadas em segundos, se necessário.
A variante MiG-31K, a Rússia converteu a plataforma de sua missão original ar-ar em um lançador aéreo para o Kh-47M2 Kinzhal, um míssil balístico adaptado do sistema Iskander para lançamento aéreo. Segundo fontes russas, em combinação com o MiG-31K, o míssil Kinzhal proporciona um alcance de ataque combinado de aproximadamente 2.000 km, permitindo ataques a alvos em território da OTAN ou na Ucrânia a partir de bases localizadas dentro da Rússia. Desde o início da invasão em larga escala da Ucrânia, aeronaves MiG-31K têm sido repetidamente utilizadas para lançar mísseis Kinzhal contra cidades e infraestrutura ucranianas, consolidando sua reputação dentro da OTAN como ativos estratégicos de alto valor, em vez de caças convencionais.
A mensagem de Rzeszów é dupla. Primeiro, as missões russas com caças MiG-31K e mísseis Kinzhal, mesmo quando estritamente confinadas ao espaço aéreo russo, não são mais consideradas voos de treinamento de rotina, mas sim testes calibrados de procedimentos aliados. Fontes da OTAN citadas pelo Bild as descrevem como testes repetidos das capacidades de resposta da aliança.
Segundo, a rápida ativação das baterias Patriot demonstra que a arquitetura de defesa aérea e antimíssil do flanco leste é agora uma realidade operacional, e não somente um documento de planejamento, capaz de transitar do estado de prontidão para o combate em questão de minutos para defender centros críticos que apoiam o esforço de guerra da Ucrânia.
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