Caças F-35C dos Fuzileiros dos EUA teriam estreado em combate. Caças navais F-35C Lightning II do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA (USMC) teriam participado de recentes ataques aéreos contra alvos no Iêmen, sendo a primeira missão de combate conhecida envolvendo a variante baseada em porta-aviões do caça furtivo multifuncional. De acordo com o Pentágono, os ataques ocorreram entre os dias 09 e 10 de novembro e envolveram outros ativos da USAF não especificados.
No início deste mês, Washington enviou para o Oriente Médio seis bombardeiros B-52 Stratofortress e um Esquadrão de caças F-15E Eagle. Essas aeronaves irão compensar a iminente partida do porta-aviões USS Abraham Lincoln, que foi para a região em agosto para cobrir o USS Theodore Roosevelt, que não possui F-35C na sua Ala Aérea Embarcada.
Até essa missão, não havia registro oficialmente confirmado do envolvimento de caças F-35C em operações de combate reais. Sendo assim, a 9ª Ala Aérea Embarcada (CVW-9) do USS Abraham Lincoln entrou para a história. Esta Ala é composta por três Esquadrões Navais de Caças de Ataque com F/A-18E/F Hornet, um Esquadrão de Caças de Ataque Eletrônico EA-18G Growler e com o único Esquadrão de F-35C dos Fuzileiros Navais, operados pelo 314º Esquadrão de Ataque de Caças Navais (VMFA-314) “Black Knights”.
É sabido que a versão F-35A de decolagem e pouso convencionais da USAF e da Força Aérea Israelense (IAF) e os F-35B de decolagem curta e pouso vertical dos USMC e da Royal Air Force (RAF) já estiveram envolvidos em missões de combate reais.
A Marinha dos EUA e os USMC são os único operadores da versão F-35C no mundo. Já o F-35B, com capacidade de operar em navios aeródromos menores, é operado pelo Japão, Itália, Reino Unido e EUA.
Em uma entrevista no dia 14 de novembro, a vice-secretária de imprensa do Pentágono, Sabrina Singh, sugeriu que não havia razão para que os F-35C fossem lançados do porta-aviões para atuar nas operações sobre o Iêmen.
Os ataques aéreos em questão, tiveram como alvo instalações pertencentes aos Houthis, grupo terrorista ligado ao Irã que opera no Iêmen. Eles estão envolvidos em uma guerra total contra o tráfego marítimo comercial e militar no Mar Vermelho, como retaliação à campanha militar de Israel em Gaza e no Líbano.
“Essas instalações abrigavam uma variedade de armas convencionais usadas pelos Houthis, apoiados pelo Irã, para atingir embarcações militares e civis dos EUA e internacionais que navegavam em águas internacionais no Mar Vermelho e no Golfo de Áden”, disse o secretário de imprensa do Pentágono, Major General Pat Ryder.
Os ataques no Iêmen foram supervisionados pelo Comando Militar Central dos EUA (US CENTCOM), que também ordenou operações contra outros alvos da organização terrorista Estado Islâmico na Síria. Essas ações ocorreram após dois ataques com foguetes e drones lançados contra tropas americanas estacionadas na Síria em 10 de novembro.
“Ataques contra os EUA e parceiros da coalizão na região não serão tolerados”, disse o General Michael Kurilla, Comandante para Operações no Oriente Médio do Pentágono. “Continuaremos a tomar todas as medidas necessárias para proteger nosso pessoal e parceiros da coalizão e responder a ataques imprudentes.”
Em 11 de novembro, dois Destróieres de mísseis guiados da Marinha dos EUA foram atacados por pelo menos oito drones, cinco mísseis balísticos antinavio e três mísseis de cruzeiro antinavio durante sua passagem pelo estreito de Bab el Mandeb, de acordo com o Pentágono. Os navios da US Navy conseguiram neutralizar as ameaças com seus sistemas de proteção.
Fonte: Global Times
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