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Caças F-35A e F-16C abatem drones russos em espaço aéreo polonês

10 de setembro de 2025
Caças F-35A e F-16C abatem drones russos em espaço aéreo polonês. F-16C Block 52  da Força Aérea da Polônia em voo. Foto: Bartek-Bera/MoD Pôlonia.
Caças F-35A e F-16C abatem drones russos em espaço aéreo polonês. F-16C Block 52 da Força Aérea da Polônia em voo. Foto: Bartek-Bera/MoD Pôlonia.

Caças F-35A e F-16C abatem drones russos em espaço aéreo polonês. A Polônia confirmou que drones russos foram abatidos nesta quarta-feira (10/09) em seu espaço aéreo, tornado-se assim o primeiro membro da OTAN a abrir fogo contra a Rússia, em meio a guerra na Ucrânia. Caças holandeses também participaram do incidente.

Os F-16 e F-35 poloneses  no ar depois que três Shaheds voaram para a Polônia vindos da região de Volyn. FR24.
Os F-16 e F-35 poloneses no ar depois que três Shaheds voaram para a Polônia vindos da região de Volyn. FR24.

A operação ocorreu em meio a um grande ataque de mísseis e drones feito pela Rússia contra a Ucrânia. Com o apoio de aeronaves militares de seus aliados da OTAN, a primeira vez que se tem notícia de que um membro da aliança militar ocidental disparou tiros durante a guerra da Rússia na Ucrânia, iniciada em 24 de fevereiro de 2022. A incursão levantou preocupações de que o Kremlin esteja intensificando os esforços para testar a determinação do Ocidente.

Danos provocados pela queda de um dos drones russos. Foto: Polsat-News.
Danos provocados pela queda de um dos drones russos. Foto: Polsat-News.

A Polônia disse que enviou caças e abateu vários drones russos que cruzaram seu espaço aéreo, chamando isso de “um ato de agressão” e uma “provocação em larga escala” contra o país membro da OTAN e da União Europeia.

“Ontem à noite, o espaço aéreo polonês foi violado por inúmeros drones russos. Os drones que representavam uma ameaça direta foram abatidos”, disse o primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, em uma reunião de emergência do governo em 10 de setembro.

O primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, disse ao parlamento que “foi o mais perto que chegamos de um conflito aberto desde a Segunda Guerra Mundial”, embora também tenha dito que não tinha “nenhum motivo para acreditar que estamos à beira da guerra”.

Soldados patrulham uma rua na cidade polonesa de Vyriky-Polod, onde destroços de um drone russo atingiram um prédio residencial. Foto: Agencja Wyborcza.pl.
Soldados patrulham uma rua na cidade polonesa de Vyriky-Polod, onde destroços de um drone russo atingiram um prédio residencial. Foto: Agencja Wyborcza.pl.

O Comando Operacional das Forças Armadas publicou uma nota do X.

Via X.

O Ministro da Defesa da Polônia, Wladyslaw Kosiniak-Kamysz, escreveu no X que “mais de 10 objetos” invadiram o espaço aéreo polonês na vidara da noite de 9 para 10 de setembro, sendo um risco à segurança da Polônia. Ele não especificou quantos foram de fato abatidos, mas disse que os militares estavam procurando por objetos caídos. Ele também disse que não houve vítimas na incursão de drones russos no espaço aéreo polonês, que ocorreu em meio a um ataque massivo à Ucrânia. A imprensa polonesa fala em 19 objetos e que 10 teriam sido abatidos, alguns caindo na região da cidade polonesa de Vyriky-Polod.

F-16C-52CF da Força Aérea da Polônia. Foto: MoD Polônia.
F-16C-52CF da Força Aérea da Polônia. Foto: MoD Polônia.

Os envolvidos

Uma fonte afirmou que a OTAN não estava tratando o incidente como um ataque, mas sim como uma incursão intencional. Caças poloneses F-16C, F-35A da RNLAF, aviões de vigilância AWACS italianos tipo E-550A do 14º Sotmo (71º Gruppo) e aeronaves de reabastecimento em voo A330 MRTT, operadas em conjunto pela OTAN estavam envolvidos na operação noturna, conforme a fonte.

F-35A da RNLAF em voo. Foto: RNLAF.
F-35A da RNLAF em voo. Foto: RNLAF.

Os F-35A dos 312 e 313 Sq da Royal Netherlands Air Force (RNLAF) chegaram a Base Aérea de Volkel em 29 de agosto como parte uma força de patrulha da OTAN, visando proteger a Polônia e o flanco leste. Os voos de E-550A (C-37B) da Aeronautica Militare Italiana (AMI) e dos A330 MRTT da Multinational MRTT Unit (MMU) são parte do apoio aéreo para a proteção da OTAN contra a ameaça russa. Já os F-16C da Força Aérea Polonesa provavelmente são do 10 Sq.

E-550A da Aeronautica Militare Italiana (AMI). Foto: AMI.
E-550A da Aeronautica Militare Italiana (AMI). Foto: AMI.
O C-37B da AMI MM62293 com call sing PERSE71 durante a missão que resultou na derrubada dos drones russos.
O C-37B da AMI MM62293 com call sing PERSE71 durante a missão que resultou na derrubada dos drones russos.

Os drones envolvidos do ataque são de origem iraniana. A única confirmação até agora é que um dos abatidos é um HESA Shahed 136. Eles teriam sido abatido com mísseis AIM-9L/X e AIM-120, após a confirmação dos alvos pelos radares de terra e do AWACS da AMI.

HESA Shahed 136. Foto: Yasuyshi Chiba.
HESA Shahed 136. Foto: Yasuyshi Chiba.

“Este é um ato de agressão que representa uma ameaça real à segurança de nossos cidadãos”, disse o comando operacional militar em uma publicação ao X. (abaixo) 

Via X.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, afirmou que a Rússia alvejou 15 regiões, disparando pelo menos 415 drones e mais de 40 mísseis. Pelo menos uma pessoa pereceu e outras três ficaram feridas, afirmou ele, repetindo seus apelos quase diários por uma resposta ocidental mais enérgica ao ataque. “Moscou sempre ultrapassa os limites do que é possível e, se não encontrar uma reação forte, permanece em um novo nível de escalada”, disse ele.

“O sentimento de impunidade de Putin continua crescendo”, alertou o ministro das Relações Exteriores ucraniano, Andriy Sybiha, no X. Enquanto discutem novas sanções à Rússia, os apoiadores ocidentais de Kiev também estão tentando elaborar planos para uma “força de segurança” no pós-guerra.

Autoridades polonesas recuperam destroços de um drone Shared 136 russo, abatido em seu território. Foto: AP.
Autoridades polonesas recuperam destroços de um drone Shared 136 russo, abatido em seu território. Foto: AP.

Mas o incidente, sem precedentes, ocorre no momento em que as negociações de paz fracassam, com o presidente russo Vladimir Putin se recusando a se encontrar com Zelensky e prometendo atingir seus objetivos pela força, se necessário, enquanto as tropas de Moscou pressionam para tomar mais território, particularmente na região de Donetsk.

Repercussões

“Ontem à noite, na Polônia, presenciamos a mais grave violação do espaço aéreo europeu pela Rússia desde o início da guerra, e há indícios de que foi intencional, não acidental”, escreveu a chefe de política externa da UE, Kaja Kallas, no X. “A UE se solidariza plenamente com a Polônia. A guerra da Rússia está se intensificando, não terminando”.

“A incursão de drones russos no espaço aéreo polonês durante um ataque conduzido pela Rússia contra a Ucrânia é simplesmente inaceitável. Condeno-a da forma mais veemente possível. Apelo à Rússia para pôr fim a esta escalada imprudente”, disse o presidente francês Emmanuel Macron.

“A Holanda apoia totalmente a Polônia”, disse o Ministro das Relações Exteriores Van Weel (VVD) no canal X. “A OTAN deve permanecer pronta, e sanções mais severas devem pressionar ainda mais a economia de guerra da Rússia”.

O presidente dos EUA, Donald Trump, não se manifestou publicamente, mas pretende falar com o presidente da Polônia e seu aliado político, Karol Nawrocki.

Não houve comentários imediatos de Putin, do Kremlin ou do Ministério da Defesa da Rússia. Horas depois, o Ministério da Defesa da Rússia disse que não planejava atacar nenhum alvo na Polônia, depois que Varsóvia disse que drones russos entraram em seu espaço aéreo.

A Polônia informou ter fechado quatro aeroportos, incluindo o principal aeroporto do país, em Varsóvia. A agência reguladora da aviação dos EUA, a Administração Federal de Aviação (FAA), emitiu um comunicado informando que o Aeroporto de Rzeszow-Jasionka, no sudeste do país, também foi fechado. A instalação é um centro de transferência de passageiros e armas para a Ucrânia.

A maioria da Ucrânia, incluindo as regiões ocidentais de Volyn e Lviv, que fazem fronteira com a Polônia, estava sob alerta de ataque aéreo nas primeiras horas de 10 de setembro, conforme a Força Aérea Ucraniana. A Rússia tem disparado frequentemente centenas de drones e mísseis contra a Ucrânia, matando e ferindo civis em todo o país.

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