Caças F-16 da USAF interceptaram jato executivo que caiu deixando quatro mortos

Caças F-16 da USAF interceptaram jato executivo que caiu deixando quatro mortos. Um jato executivo Cessna 560 Citation V caiu em uma região montanhosa do estado da Virgínia, nos Estados Unidos, após invadir o espaço aéreo restrito da capital Washington D.C.. Antes da queda, quatro caças F-16 de alerta de defesa aérea da Guarda Aérea Nacional foram acionados para interceptar, identificar e acompanhar a aeronave, que não respondeu aos contatos rádio.

Fabricado em 1990, o Citation V, matrícula N611VG, pertencia a empresa Encore Motors, com sede na Flórida. Ele havia decolado aproximadamente às 17h10 (horário local) do Aeroporto de Elizabethton, no Tennessee, com destino ao Aeroporto Long Island MacArthur, em Nova York.

De acordo com os registros dos sites de monitoração de voos on-line, pouco mais de 1h30min após a decolagem, muito próximo ao destino final, ele não iniciou a descida e manteve a altitude de cruzeiro de 34.000 pés (FL 340), iniciando uma curva, seguindo em direção a Capital Federal.

Sem resposta do piloto aos chamados dos Controladores de Tráfego Aéreo, o Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte (NORAD) ativou o sistema de defesa aérea dos EUA. Foram acionados quatro caças de alerta da Guarda Aérea Nacional (ANG), cuja subida supersônica causou o “boom sônico”, que foi ouvido por uma vasta área da região de Washington.

Foram enviados dois F-16 da New Jersey ANG (código de chamada “COSMIC 01 e 02”), do Aeroporto Internacional de Atlantic City e dois F-16 da Washington DC ANG (código BRAVE 01 e 02), da Base Aérea de Andrews.

Durante todo o voo de acompanhamento, os pilotos dos F-16 fizeram várias chamadas via rádio para o piloto do Cessna 560, através da frequência internacional de emergência (121.500 MHz), sem nenhuma resposta. Inclusive o NORAD informou que um dos caças lançou sinalizadores (Flares) para chamar a atenção das pessoas no jato executivo, mas sem sucesso.

Relatos de rádio-escutas da região informaram nas suas redes sociais que um dos caçadores do “BRAVE” disse que não avistou ninguém na cabine do comando do Citation.

Sem contato rádio ou ato hostil, coube aos pilotos da Guarda Aérea Nacional acompanhar o jato executivo, que se manteve em voo nivelado e na mesma direção até aproximadamente às 19h20, quando iniciou uma lenta descida, culminando em uma queda acentuada em direção a uma região montanhosa onde colidiu. Segundo a imprensa dos Estados Unidos, pelo menos quatro pessoas estavam na aeronave. Ninguém sobreviveu a explosão, de acordo com as equipes de resgate.

Em entrevista ao jornal “The Washington Post”, John Rumpel, o proprietário da Encore Motors disse que a aeronave levava a sua filha dele, um neto e a babá da criança. “Não sabemos nada sobre o acidente”, afirmou Rumpel ao jornal.

Apesar do Citation V ter violado o Espaço Aéreo da Capital dos Estados Unidos, o fato aparentemente não foi uma ação terrorista ou algo intencional. Especialistas estão apontando para uma possível falha no sistema de geração de oxigênio do Cessna 560, que levaria seus ocupantes a perda de consciência (hipóxia). De qualquer forma, uma equipe de investigação se debruçará sobre o caso que deixou quatro mortos.

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