Caças chineses J-16 escoltam Destróier da Marinha dos EUA no Estreito de Taiwan. O Comando de Teatro Oriental do Exército de Libertação Popular da China (PLA) anunciou hoje (27/04), que suas aeronaves de caça acompanharam um destróier da Marinha dos Estados Unidos (USN – US Navy), enquanto ele transitava pelo Estreito de Taiwan. O fato ocorreu ontem (26/04), e recebeu críticas das autoridades chinesas, que criticaram o ato dos EUA como uma provocação intencional para desestabilizar a paz na região.
De acordo com um comunicado divulgado pelo Coronel Sênior Shi Yi, porta-voz do Comando de Teatro Oriental do PLA, foi ativado um plano de alerta máximo com objetivo de acompanhar e monitorar todo o trajeto pelo Estreito de Taiwan do destróier de mísseis guiados norte-americano USS Sampson (DDG 102).
Por sua vez, as autoridades de Taipei informaram na terça-feira (26), que dois caças J-16 do PLA entraram na Zona de Identificação de Defesa Aérea sudoeste (ADIZ) de Taiwan.
Ainda na terça-feira, a fragata de mísseis guiados Type 054A Zhoushan e o navio de desembarque anfíbio Type 071 Yimengshan da Marinha do Exército de Libertação Popular da China (PLAAN), transitaram pelo Estreito de Miyako, no sentido de sudeste a noroeste. A informação foi divulgada em comunicado pelo Estado-Maior Conjunto do Ministério da Defesa do Japão.
“Repetidas provocações dos EUA, como essa, enviam sinais errados para as forças secessionistas da independência de Taiwan, sabotam intencionalmente a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan, e o comando do teatro se opõe fortemente a essas ações. As tropas estão em alerta máximo o tempo todo para salvaguardar resolutamente a soberania nacional e a integridade territorial”, salientou o comunicado da PLA.
Mensalmente os EUA têm enviado repetidamente os seus navios de guerra pelo Estreito de Taiwan. Especialistas falando para o Global Times informa que em todas essas ações, o PLA realizou missões semelhantes para rastreá-los e monitorá-los todas as vezes, “para que não tenham oportunidade de fazer movimentos perigosos”.
Em uma coletiva de imprensa de rotina realizada nesta quarta-feira (27), o porta-voz do Escritório de Assuntos de Taiwan do Conselho de Estado Chinês, Ma Xiaoguang, disse que a questão de Taiwan diz respeito aos interesses centrais do governo chinês, e que não serão permitidas qualquer interferência externa.
Na semana passada, o conselheiro de Estado chinês e ministro da Defesa, Wei Fenghe, e o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, conversaram por telefone. Na ocasião, Wei declarou uma posição solene sobre a questão de Taiwan, ao enfatizar que a Ilha é uma parte inalienável da China, e isso é um fato e um status quo que ninguém pode mudar.. “Os militares chineses salvaguardarão resolutamente a soberania, segurança e integridade territorial”, disse Wei.
Fonte: Global Times
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