“Estamos planejando nosso futuro, e construir aeronaves de caça está em nosso DNA”, disse Steve Nordlund, vice-presidente da Boeing Air Dominance, em comunicado. “À medida que investimos e desenvolvemos a próxima era de capacidade, estamos aplicando a mesma inovação e experiência que fizeram do F/A-18 um burro de carga para a Marinha dos EUA e as forças aéreas em todo o mundo por mais de 40 anos”.
Uma extensão de última hora para 2027 pode ocorrer se o Super Hornet for selecionado pela Marinha Indiana, acrescentou o comunicado. No entanto é uma aposta e nada de concreto inda está definido. O principal rival do Hornet é o Rafale M na disputa indiana. O fato é que não há nenhuma perspectiva de venda de mais SH para outro cliente e a decisão de encerrar a produção será por pura falta de demanda.
A Marinha dos EUA começou a sinalizar que não compraria mais Super Hornet em 2020, quando propôs encerrar a linha de produção até 2023 e transferir esses fundos para a pesquisa de seu caça de próxima geração. Apesar das objeções dos legisladores — alguns dos quais observaram o déficit contínuo de caças — a Marinha parou incluir novos Super Hornets em seu pedido de orçamento anual.
Embora a Boeing confirme que encerrará a linha de produção de novos Super Hornets e Growlers, a empresa espera continuar com contratos de atualização da frota atual, além de fornecer um programa de modificação da vida útil (SLM — Service Life Modification) para a US Navy, que trará recursos do Bloco III para os aviões do Bloco II. A empresa também continuará fornecendo a capacidade avançada de ataque eletrônico e modificações para os EA-18G Growler. O programa SLM é parte integrante do plano da Marinha para superar o déficit de caças de ataque, que o Almirante Michael Gilday disse que não será resolvido até pelo menos 2030.
Em seu comunicado anunciando o desligamento da produção, a Boeing também disse que “construiria três instalações em St. Louis.” A empresa também planeja aumentar a produção do T-7A Red Hawk na planta de St. Louis, do avião-tanque não tripulado MQ-25, bem como a produção dos novos F-15EX Eagle II e componentes das asas dos B777x.
Além de ser um elemento básico para as frotas de aviação da US Navy (F/A-18A/B/C/D/E/F e E/A-18G), dos Blue Angels (F/A-18A/C/D/E/F) e do USMC (F/A-18A/B/C/D), o F/A-18 adquirido pela Austrália (RAAF — F/A-18A/B/F e EA-18G), Canadá (RCAF — CF-118A/B), Finlândia (FAF — F/A-18C/D), Kuwait (KuAF — F/A-18C/D/E/F), Malásia (RMAF — F/A-18D), Espanha (EdA — EF-18A/B) e Suíça (Schweizer Luftwaffe — F/A-18C/D). Além destes, a NASA (F/A-18B) e a empresa privada de treinamento Aggressor Air USA adquiriu aeronaves F/A-18A/B ex-RAAF.
O F/A-18 voou pela primeira vez em 18 de novembro de 1978. Os primeiros F/A-18A/B entraram em serviço em 7 de janeiro de 1983 com os Marines. O primeiro F/A-18F fez seu voo inaugural em 29 de novembro de 1995, entrando em serviço em 1999 na US Navy.
@CAS