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Boeing prevê outra longa greve trabalhista

29 de julho de 2025
Boeing prevê outra greve trabalhista. FAL F/A-18. Foto Boeing.
Boeing prevê outra longa greve trabalhista. FAL F/A-18. Foto Boeing.

Boeing prevê outra longa greve trabalhista. Boeing se prepara para mais uma greve trabalhista contundente, desta vez nas fábricas militares em St. Louis.

Menos de um ano após a Boeing sofrer uma paralisação custosa e prolongada em sua planta de aeronaves comerciais, a empresa enfrenta uma greve em seu centro de fabricação de aeronaves de caça em St. Louis, Missouri.

Em 27 de julho, mais de 3.000 funcionários, representados pelo sindicato Associação Internacional de Maquinistas e Trabalhadores Aeroespaciais (International Association of Machinists and Aerospace Workers (IAM), votaram pela rejeição de uma oferta da Boeing, apesar de a proposta ter sido aclamada como um acordo “histórico” pela liderança da IAM poucos dias antes.

A não ratificação do contrato desencadeia um período de reflexão de sete dias, após o qual uma greve poderá começar em 4 de agosto, caso nenhum acordo seja alcançado. Tal paralisação impactaria diversas unidades importantes da Boeing na região metropolitana de St. Louis, incluindo as linhas de produção dos caças F-15EX e F/A-18E/F, do jato de treinamento T-7A e do novo reabastecedor não tripulado MQ-25.

As linhas de produção que montam munições de precisão e componentes para o avião 777X também seriam afetadas, além da unidade Phantom Works da Boeing. A greve não afetaria diretamente as aeronaves militares comerciais da Boeing, como o avião-tanque KC-46 baseado no 767–200 ou o jato de patrulha marítima P-8 baseado no 737NG, o qual são montados e modificados em instalações no estado de Washington (Everett e Renton/Boeing Field).

FAL do F-15EX em St Loius. Foto: Boeing.
FAL do F-15EX em St Loius. Foto: Boeing.

O IAM se recusou a revelar quais aspectos específicos da proposta da Boeing levaram os membros a recusar a oferta de contrato, afirmando somente que ela “não atendia às prioridades e sacrifícios”.

Conforme o sindicato, a Boeing havia oferecido um acordo de quatro anos, abrangendo aumentos salariais médios de 40%, além de melhorias não especificadas em benefícios médicos, horas extras e pensões.

Embora o IAM afirme que buscará retomar as negociações, a Boeing está adotando uma linha mais dura. “Ativamos nosso plano de contingência e estamos focados na preparação para uma greve”, afirma Dan Gillian, gerente geral do portfólio de domínio aéreo da Boeing e executivo sênior da unidade em St. Louis. “Não há negociações agendadas com o sindicato”, acrescenta.

Embora isso deva mudar em breve, a Boeing provavelmente está tentando demonstrar força após uma greve contundente de 53 dias em sua divisão de aeronaves comerciais no ano passado. Durante esse período difícil, um grupo diferente de trabalhadores do setor de aviação comercial (IAM) rejeitou diversas ofertas de contrato da Boeing, incluindo uma que havia sido aprovada pela liderança do sindicato. Embora a greve de seis semanas tenha custado aos trabalhadores cerca de US$ 800 milhões em salários perdidos, o sindicato conseguiu um contrato significativamente mais generoso do que o inicialmente oferecido.

A Boeing havia oferecido inicialmente um aumento salarial de 25% ao longo de quatro anos, mas este chegou a 38% no final. No processo, a empresa perdeu cerca de US$ 5,5 bilhões como resultado da paralisação que a forçou a fechar sua unidade de produção do 767 e 777 em Everett e sua unidade de montagem do 737 em Renton.

No caso da unidade IAM, que representa sua força de trabalho muito menor na fabricação de caças, a Boeing ofereceu um aumento salarial médio de 40% logo de cara, provavelmente presumindo que os membros do sindicato exigiriam benefícios semelhantes aos garantidos por seus colegas no estado de Washington em 2024.

Dan Gillian descreve a proposta como a “oferta de contrato mais valiosa que já apresentamos” à força de trabalho de St. Louis. Embora o sindicato não tenha se pronunciado mais, os trabalhadores provavelmente viram os benefícios tangíveis alcançados como resultado da greve do ano passado e votaram contra o acordo.

Mais 84 KC-46 para A USAF. Foto: USAF/Senior Master Sgt. Timm Huffman.
Mais 84 KC-46 para A USAF. Foto: USAF/Senior Master Sgt. Timm Huffman.

O espectro de uma greve marca o fim abrupto de uma série de boas notícias para o sofrido negócio de defesa da Boeing. Um esforço de recuperação iniciado pelo ex-chefe Ted Colbert e continuado por seu novo líder, Steve Parker, começou a dar resultados. Nos últimos meses, a empresa garantiu o contrato indispensável para o caça F-47 da USAF. Em junho, a USAF revelou que planeja expandir significativamente sua frota de F-15EX, de 104 unidades para uma frota total de 129 aeronaves. Na semana passada, a USAF se comprometeu com uma expansão massiva de sua frota de reabastecedores KC-46A, evitando qualquer concorrência por um novo reabastecedor e comprando até 84 KC-46. Representando um aumento de até 47% no programa total registrado da USAF, essa adição dá à Boeing a chance de lucrar com a problemática linha KC-46, que gerou mais de US$ 7 bilhões em perdas relacionadas a problemas de projeto.

Talvez os resultados positivos, tenha criado um apetite nos funcionários, que querem mais valorização e participação salarial nestes negócios.

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