Boeing “luta” com desafios no projeto do futuro Air Force One. A Boeing “luta” contra desafios na produção e atrasos no programa de conversão de dois Boeing 747-8 da USAF que futuramente transportarão o Presidente dos Estados Unidos, conhecidos como “Air Force One”. A afirmação é de Ted Colbert, chefe da Boeing Defense, Space & Security.
Falando para jornalistas no domingo (21/07), Colbert disse que a empresa está enfrentando diversos desafios no projeto de modificação pesada de dois 747 civis em aeronaves presidenciais. Segundo o executivo da Boeing, os problemas vão desde dificuldades com a cadeia de suprimentos, aumento de preços causados pela inflação, a falta de mão-de-obra especializada, entre outros.
Em 2018, a Boeing recebeu um contrato de US$ 3,9 bilhões para converter dois 747-8i em novos AF1 com entrega original prevista até dezembro de 2024. O projeto sofreu vários revezes e agora o cronograma prevê a conclusão do primeiro avião entre 2027 e 2028.
A empresa perdeu mais de US$ 2 bilhões neste projeto. “Nossa equipe está lutando em um programa muito, muito desafiador [que envolve] dois aviões muito complexos. Fizemos grandes investimentos em nossa força de trabalho, especialmente com treinamentos e eficiência”, disse Colbert.
Os futuros Boeing 747-8 presidenciais da USAF serão como uma “Casa Branca aerotransportada”, capazes de voar nos piores cenários de segurança, como uma guerra nuclear, por exemplo. Eles receberão aviônicos militares, avançados equipamentos de comunicações seguras, sistemas de autoproteção, entre muitos outros dispositivos que os tornam aeronaves únicas.
No ano passado, o governo do presidente Joe Biden optou por alterar levemente o atual esquema de pintura do Air Force One em branco e dois tons de azul, que remonta ao governo do presidente John F. Kennedy. Esta decisão reverteu a posição do presidente Donald Trump, que apresentou uma pintura diferente para as aeronaves.
Em dezembro de 2016, Trump recebeu a promessa do então CEO da Boeing na época, Dennis Muilenburg, de que o custo de substituição dos Air Force One não ultrapassaria US$ 4 bilhões. O atual CEO da Boeing, Dave Calhoun, disse mais tarde que “os críticos estavam certos ” sobre o contrato, dizendo que seu preço estava muito baixo.
Em 2022, o US Government Accountability Office (GAO) disse que o programa corria o risco de sofrer mais atrasos, citando que este projeto é um mercado de trabalho restrito para mecânicos e que a Boeing precisaria procurar um fornecedor alternativo para alguns trabalhos internos.
(Fonte: Reuters)
@FFO