Boeing inicia a atualização do radar no primeiro B-52H Stratofortress. A Boeing recebeu nas suas instalações de San Antonio, no Texas, o primeiro bombardeiro B-52H Stratofortress da USAF que passará pela modernização do seu sistema de radar. A aeronave chegou no dia 25 de maio, e será submetida ao processo de instalação do novo Radar de Varredura Eletrônica Ativa (AESA).
Fabricado em 1961, o B-52H em questão, matrícula 60-0061, atualmente opera na 307ª Ala de Bombardeiros (307th BW), sediada na Base Aérea de Barksdale, em Luisiana. Ele será o primeiro bombardeiro do tipo a passar pelo Programa de Modernização de Radar da USAF.
“A chegada desta aeronave marca o início de uma fase fundamental do nosso esforço para modernizar a frota de B-52. O novo radar AESA substituirá a antiga tecnologia da década de 1960 e ampliará muito as capacidades de navegação e direcionamento dessas aeronaves, principalmente em ambientes de maior ameaça”, disse o Coronel Louis Ruscetta, Chefe de Material do Escritório do Programa B-52 da USAF e responsável pelo Programa de Modernização do Radar.
O novo radar eletrônico AESA é um projeto da Raytheon que, em conjunto com a Boeing, foram selecionadas pela USAF para implementar a modernização em toda a frota de 76 bombardeiros B-52H. A atualização garantirá que esses icônicos bombardeiros permaneçam em operação além da década de 2050, ou seja, mais um séculos após o voo inaugural da primeira geração.
“Como fabricante dos B-52, a Boeing tem ampla experiência nesta plataforma, o que é essencial para garantir a rápida instalação do novo radar AESA desenvolvido pela Raytheon. No geral, essa parceria nos ajuda a garantir que tenhamos uma solução ágil e que minimiza atrasos de desenvolvimento e ajude a reduzir os cronogramas e testes”, afirmou o Oficial da USAF.
Além de aumentar a consciência situacional e os recursos de navegação e direcionamento, o novo radar AESA foi projetado para ser adaptável, de modo que novos recursos para lidar com ameaças futuras possam ser adicionados por meio de modificações de software.
“O velho radar atualmente empregado se tornou insustentável. O avanço na capacidade de combate que o AESA trará, será essencial para que estas aeronaves continuem sendo eficazes contra nossos adversários. O novo radar fornecerá maior capacidade de afastamento em missões de longo alcance, deixando a aeronave mais letal”, disse Ruscetta.
Embora as informações técnicas do novo radar sejam classificadas, especialistas sugerem que ele foi desenvolvido a partir da família APG-79/APG-82, que atualmente equipa os modernos caças Super-Hornet/Growler da Marinha e os F-15EX Eagle II da USAF. Estima-se que o alcance do AESA não seja inferior a 400 milhas (740 km), que juntamente com os novas armas hipersônicas, darão uma vantagem sobre futuros adversários.
Juntamente com o programa de modernização dos motores, a instalação do radar AESA será uma das maiores atualizações do B-52 na história da frota, em um custo estimado em aproximadamente US$ 2,8 bilhões. Espera-se que a Capacidade Operacional Inicial (IOC) deverá estar disponível em 2027.
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