A Boeing vem trabalhando na atualização da aeronave Airborne Early Warning & Control (AEW&C) E-7 Wedgetail, que é baseada na aeronave comercial Boeing 737-700, visando integrar componentes compatíveis com Open Mission Systems (OMS). O trabalho vem sendo feito em conjunto com a Northrop Grumman. Neste mês de novembro foram feitos dois voos de teste com uma aeronave CRJ-700, da propriedade Northrop Grumman, com o sistema de Comando e Controle de Gerenciamento de Batalha (BMC2) da Boeing integrado ao radar Multi-role Electronically Scanned Array (MESA) desenvolvido pela Northrop Grumman. Ambos os sistemas são considerados compatíveis com OMS. Antes dos testes de voo, os dois sistemas foram integrados e testado em solo.
O radar MESA, que está localizado em uma barbatana dorsal no topo da fuselagem do E-7, que fornece capacidade de vigilância de 360 graus, com cobertura ar-ar e ar-solo. A versão de teste usada sob a fuselagem do CRJ-700 parece ser muito menor do que a antena do MESA do E-7, dando a impressão deste ser uma versão reduzida ou um sensor totalmente novo em desenvolvimento para uma integração futura nos E-7.
O OMS é uma iniciativa do US Air Force Reearch Laboratorys cujo objetivo foi “desenvolver consenso da indústria para um padrão de arquitetura de sistema de missão não proprietário, que permita a atualização e inserção técnica acessível, integração simplificada de sistemas de missão, reutilização de serviço e interoperabilidade e competição ao longo do ciclo de vida, com foco nas interfaces entre os serviços de software e subsistemas de hardware, e como os dados são trocados entre eles”.
Portanto, a arquitetura OMS permite adicionar recursos novos ou aprimorados em aeronaves operacionais muito rapidamente e a um custo reduzido. Isso é possível devido às interfaces comuns e formatos de dados que são compartilhados por todos os sistemas e produtores, reduzindo o tempo necessário para desenvolver interfaces personalizadas entre componentes de diferentes produtores.
“Do ponto de vista da engenharia, a execução deste teste OMS em um ambiente relevante representa um grande passo na prontidão demonstrada”, disse Rick Greenwell, engenheiro-chefe da Boeing para modernização e modificação de aeronaves.
Já para Paul Kalafos, vice-presidente de Vigilância e Guerra de Manobras Eletromagnéticas da Northrop Grumman:
“Usando uma estrutura ágil, podemos desenvolver e adaptar rapidamente sistemas multifuncionais complexos para permitir nós de missão múltipla na borda tática do campo de batalha, seja Comando e Controle Conjunto de Todos os Domínios (JADC2), guerra eletrônica ou inteligência , vigilância e reconhecimento”.
O Boeing E-7A AEW&C estão em serviço na Real Força Aérea Australiana (RAAF), Força Aérea da República da Coreia do Sul (RoKAF) e na Força Aérea d Turquia (TuAF). O mais recente cliente do E-7 é a Real Força Aérea (RAF), que adquiriu cinco aeronaves com entreguas previstas par ocorrerem entre 2023 a 2026. Eles irão substituir o E-3D Sentry AEW Mk1.
@CAS