Blue Flag 2021: o maior exercício militar da Força Aérea de Israel. Entre 17 e 28 de outubro, a Força Aérea Israelense (IAF) é anfitriã do seu maior militar exercício conjunto internacional já realizado no País. Chamado de “Blue Flag”, o exercício ocorre a cada dois anos desde 2013, e nesta edição de 2021 reúne centenas de militares e dezenas de aeronaves, de forças aéreas de oito países convidados.
As operações do “Blue Flag” são centralizadas na Base Aérea de Ovda, deserto do Negev, sul de Israel. As aeronaves de Israel, Alemanha, Estados Unidos, França, Grécia, Índia, Itália e Reino Unido, começaram a chegar durante a semana anterior ao início do exercício, apoiadas por vários voos com aeronaves de transporte e reabastecimento.
Nesta edição a IAF participará com alguns dos seus Esquadrões de caça de primeira linha, equipados com F-16C “Barak”, F-15 “Baz” e F-35I “Adir”, entre outras aeronaves como os Gulfstream G550 CAEW “Nachoshon”. Os convidados enviaram para Ovda diversos caças conforme a seguir: Luftwaffe (Typhoon); Aeronáutica Militare Italiana (Typhoon e G.550 CAEW); Armée de l’Air et de l’Espace Francesa (Rafale); Força Aérea Helênica (F-16); Força Aérea Indiana (Mirage 2000I); Royal Air Force (Typhoon) e USAF (F-35).
Como curiosidade, esta é a primeira vez que um esquadrão de caças britânico, uma unidade de caças Dassault Mirage da Força Aérea Indiana e caças Rafale da França, operam em território israelense.
Como havíamos noticiado, um dos caças Typhoon da Luftwaffe recebeu uma pintura especialmente desenhada para este exercício, batizada de “Eagle Star” (leia detalhes aqui). Este jato alemão, pilotado pelo Tenente General Ingo Gerhartz, Comandante da Luftwaffe, juntamente com um F-15 “Baz” da IAF, pilotado pelo Major General Amikam Norkin, Comandante da IAF, realizaram um sobrevoo simbólico sobre Jerusalém e região, em demonstração da amizade de ambas nações.
Antes do início dos combates simulados, foi realizado um “Elephant Wlak” (caminhada de elefantes) sobre a pista de Ovda, reunindo uma aeronave de cada Esquadrão participante, incluindo os dois G550 CAEW. Além disso, uma esquadrilha mista de onze caças realizou um sobrevoo sobre Jerusalém e região.
No Blue Flag de 2019, as forças vermelhas (Red Air) foram compostas por caças F-16C “Barak” do 115th Squadron “Flying Dragon”, o esquadrão agressor da IAF, e F-35I “Adir”, em sua primeira participações no Exercício, ambos apoiados por baterias de “Yahalom” (Patriot) do Air Defense Array, que simulavam sistemas SAM (Mísseis Superfície-Ar) inimigos. Este ano, a Red Air conta com os esquadrões “Sufa” (F-16I) da IAF, liderados pelo 115th Sq como agressor. Não está claro se o F-35I voarão na missão adversária, ou se irá compor um Esquadrão Lightnings, junto com os Americanos e Italianos.
“Vivemos em uma região muito complicada e as ameaças ao Estado de Israel, vindas de Gaza, Líbano, Síria e Irã só aumentam. Realizar um exercício internacional nesta realidade atual, enquanto continuamos nossas atividades operacionais públicas e secretas em todas as frentes, é de extrema importância estratégica e tem amplo impacto sobre a Força Aérea de Israel, as IDF e o Estado de Israel ”, disse o Major General Amikam Norkin, comandante da IAF em um comunicado público.
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