Biden veta o envio de F-16 a Ucrânia. O Presidente Americano, Joe Biden, disse que os Estados Unidos não forneceriam caças Lockheed Martin F-16 para a Ucrânia para combater a invasão russa. Ao chegar à Casa Branca na segunda-feira – 30/01, os repórteres perguntaram se Biden forneceria os jatos para a Ucrânia. Biden foi direto e respondeu: “Não”.
Um assessor do ministro da Defesa da Ucrânia, Yuriy Sak, disse à Reuters na semana passada que a Ucrânia planeja pressionar os EUA por caças como o F-16 após garantir o fornecimento de tanques Alemães e Americanos. A Ucrânia ganhou um impulso na semana passada, quando os Estados Unidos e a Alemanha prometeram enviar tanques para a Ucrânia.
Porém a postura de Biden reflete o receio de criar um precedente para uma escalada da guerra na Europa, em meio a diversos problema econômicos nos EUA. Seus conselheiros tem pedido a Biden que não crie demandas que possam fugir do controle, em um período em que todos os serviços de inteligência afiram que a Rússia se prepara para um nova e forte ofensiva no final de fevereiro.
O primeiro-ministro polonês, Mateusz Morawiecki, sugeriu na segunda-feira (30/01) a perspectiva de mais promessas futuras de apoio militar à Ucrânia, dizendo que “qualquer atividade destinada a fortalecer os poderes de defesa da Ucrânia estará sob a consulta dos nossos parceiros da OTAN”.
O chanceler alemão Olaf Scholz também se opôs ao envio de caças. Scholz, que está em viagem à América do Sul, disse lamentar o surgimento da discussão sobre aeronaves. Ele disse no sábado, durante uma parada no Chile, que um debate sério é necessário e não uma “competição para superar uns aos outros. Na qual talvez os motivos políticos domésticos estejam em primeiro plano, em vez do apoio à Ucrânia”.
Quando questionado por repórteres se a França consideraria enviar caças à Ucrânia, o presidente francês, Emmanuel Macron, disse na segunda-feira (30/01) que “nada está excluído”, mas estabeleceu várias condições antes que tal medida pudesse ser tomada. Essas incluíam que o equipamento doado “não tocaria o solo russo”; não levaria a uma escalada de tensões e não “enfraqueceria as capacidades do exército francês”.
A França e a Austrália informaram no mesmo dia que produziriam e enviariam em conjunto vários milhares de projéteis de artilharia de 155 mm para a Ucrânia. Também na segunda-feira, o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, pediu que a Coreia do Sul envie apoio militar direto à Ucrânia.
Na segunda-feira, o Ministério da Defesa britânico informou em sua atualização de inteligência sobre a invasão de Moscou na Ucrânia que a Rússia “se mantém aberta” a opção de uma mobilização parcial da população para aumentar suas tropas. A informação surge depois que guardas de fronteira russos impediram trabalhadores migrantes do Quirguistão, que possuem dupla cidadania, de deixar o país porque seus nomes estão nas listas de mobilização. É “altamente provável” que a Rússia continue procurando maneiras de garantir que tenha o pessoal necessário para continuar a executar seus crimes na Ucrânia, disse o ministério britânico.
O chefe do Conselho de Segurança Nacional da Ucrânia, Oleksiy Danilov, disse à RFE/RL que Moscou se prepara para uma nova ofensiva em 24 de fevereiro, aniversário da invasão russa.
“Agora eles estão se preparando para a ativação máxima… e acreditam que no aniversário devem ter algumas conquistas”, disse Danilov. “Não é segredo que eles estão se preparando para uma nova onda de ataques até 24 de fevereiro”.
@CAS