Biden diz que três objetos voadores derrubados eram de pesquisas e não tinham origem na China. O presidente dos EUA, Joe Biden, recentemente enviou uma mensagem para tranquilizar os cidadãos norte-americanos, e preparar o terreno para a retomada de futuros acordos diplomáticos com a China. Biden disse que os três objetos voadores abatidos recentemente pela USAF, não eram balões de vigilância chineses.
“A avaliação da inteligência é que esses três artefatos provavelmente eram balões de empresas privadas de pesquisas climáticas, científicas ou de recreação”, disse Biden em seus primeiros comentários públicos sobre a série de incidentes aéreos nos céus da América do Norte, iniciada em 04 de fevereiro com o abate de um “balão-espião chinês” na costa da Carolina do Sul.
O presidente Biden acrescentou que espera, em breve, falar com o seu colega chinês Xi Jinping sobre a decisão de derrubar o balão-espião, e por um fim nessa escalada de tensão entre Pequim e Washington, em busca do diálogo diplomático entre as duas nações. Até o momento, os chineses recusaram conversas sobre o incidente, e rejeitaram as tentativas do secretário de Defesa Lloyd J. Austin III de contatar seu homólogo chinês.
“Não estamos procurando uma nova Guerra Fria, mas não peço desculpas. Vamos competir e administrar com responsabilidade essa situação para que não se transforme em conflito”, afirmou Biden.
Desde que o “balão-espião” chinês atravessou a América do Norte e foi abatido por caças da USAF em 04 de fevereiro, três outros objetos voadores foram derrubados no período de 72 horas, entre os dias 10 e 12 de fevereiro. Apesar de desconhecer a origem e o objetivo desses artefatos, o Pentágono disse que eles representavam um perigo potencial para o tráfego aéreo civil.
O balão chinês eram de grande porte e voava em altitudes elevadas (65.000 pés), ao contrário dos outros três “objetos voadores”, que eram de menor porte e voavam em altitudes mais baixas (entre 20.000 pés e 40.000 pés), o mesmo nível de voo das aeronaves comerciais.
Agora parece que esses objetos não identificados não representaram um perigo para a segurança nacional dos EUA, e Biden disse que está orientando os militares a desenvolver melhores procedimentos para lidar com futuros objetos não identificados.
“O objetivo é distinguir entre os objetos que representam riscos à segurança e exigem uma ação, e aqueles que não oferecem riscos. Para fazer isso, será estabelecido um inventário acessível e atualizado dos objetos aéreos não tripulados que operam no país, será melhorada a capacidade de detecção deles e serão atualizados os regulamentos e normas gerais para lançamento e manutenção desses artefatos”, disse Biden. “Essas medidas tornarão os céus mais seguros e protegidos para os passageiros, militares, cientistas e também para a população no solo”, acrescentou.
O Chefe do Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte (NORAD), General Glen D. VanHerck, disse anteriormente que após o incidente com o balão chinês, o Comando havia ajustado os seus radares para detectar mais precisamente objetos pequenos e lentos. “Agora estamos vendo mais deles, em parte devido às medidas que tomamos para aumentar a sensibilidade dos nossos radares”, disse Biden.
Um grupo de balonistas amadores, chamado “Northern Illinois Bottlecap Balloon Brigade” (NIBBB), relatou que um de seus balões desapareceu em voo depois de passar perto de uma ilha desabitada no Alasca. Essa informação gerou especulações de que poderia ser um dos objetos derrubado por um F-22 da USAF que, por sua vez, não confirmou a afirmativa do grupo.
@FFO