

Base Aérea de Canoas completa 81 anos. A Base Aérea de Canoas, ou simplesmente BACO, completou 81 anos de história. A formatura militar alusiva ao 81º aniversário foi realizada na última quinta-feira, no exato dia de sua criação: 21 de agosto.

A formatura foi presidida pelo Comandante do Quinto Comando Aéreo Regional (V COMAR), Major-Brigadeiro do Ar Eduardo Miguel Soares e contou a presença do Comandante Militar do Sul — General de Exército Luís Cláudio de Mattos Basto, além de diversas autoridades, ex-comandantes, antigos e atuais integrantes da BACO, sendo realizada no tradicional pátio de formatura, em frente ao prédio do Comando da Base.
A cerimônia que concedeu título de Membro Honorário da Força Aérea Brasileira (FAB) a cinco civis que prestaram relevantes serviço a FAB. Houve ainda a entrega da “Medalha Militar” para os militares agraciados como recompensa pelos bons serviços prestados pelos Oficiais e Graduados da Força Aérea Brasileira. A cerimônia também abrilhantada com um elemento de F-5EM do 1º/14º GAV, que decolou em meio a cerimônia para uma missão de treinamento, e o tradicional desfile da tropa, antes de ser finalizada, com uma recepção aos convidados no refeitório da base.

Os 81 anos da BACO vieram logo após o aniversário de um ano de um dos maiores desafios já vividos por ela: ser centro das operações aéreas da Taquari 2 – uma operação do Ministério da Defesa visando a ajuda humanitária as vítimas das enchentes ocorridas na virada de abril para maio de 2024, no Rio Grande do Sul, que devastaram o estado, afetando 97% dos 497 municípios.
No discurso, o Comandante da BACO — Coronel Aviador Thiago Romanelli Rodrigues fez uma reflexão sobre o quanto a BACO foi importante, em especial nos 147 dias em que o aeroporto internacional Salgado Filho esteve fechado, fato ocorrido a partir de 3 de maio de 2024.
Aliás, há exatos um ano, a BACO ainda estava operando como principal aeroporto do RS, pois o Salgado Filho só iniciaria suas operações em 21 de outubro. Ele ainda refletiu como Canoas e a BACO estão umbilicalmente ligadas e, como a Taquari II reforçou ainda mais estes laços.

Pós-Taquari II, Canoas está hoje passando por reformas e reformulações, para estar ainda mais qualificada para atender não só a população, mas defender o país. A BACO é hoje uma base não só estratégica militarmente, mas exemplo de integração com a comunidade. Hoje estão sediadas três unidades aéreas em Canoas: o 5º Esquadrão de Transporte Aéreo (5º ETA) — Esquadrão Pégaso, equipado com os C-95M, C-97 e C-98A; o 2º/7º GAV — Esquadrão Phoenix equipado com os P-95M e o 1º/14º GAV — Esquadrão Pampa, equipado com os F-5EM/FM.

Além disto é sede do Destacamento de Controle do Espaço Aérea de Canoas (DTCEA — CO) — Esquadrão Coruja; 2º Esquadrão de Comunicação e Controle (2º/1º GCC) — Esquadrão Aranha; o Primeiro Grupo de Defesa Antiaérea (1º GDAAE) — Grupo Laçador; Grupo Logístico de Canoas (GLOG-CO) e o Grupo de Segurança e Defesa de Canoas (GSD-CO) — Grupo Cruzeiro do Sul.

As origens da Base Aérea de Canoas remontam ao ano de 1933, quando foi ativado o 3º Regimento de Aviação da Aviação Militar do Exército, na cidade de Santa Maria–RS. Em 2 de outubro de 1934, o 3º RAv foi transferido para o povoado de Canoas, à época distrito do município de Gravataí. Após alguns anos de obras, o 3º RAv finalmente se transferiu para Canoas no dia 5 de agosto de 1937, ocupando uma área onde hoje encontram-se as instalações do V COMAR.
Com a criação do Ministério da Aeronáutica e da Força Aérea Brasileira em 1941, os equipamentos e pessoal das Aviações Militar e Naval foram transferidas para a FAB. Assim, no dia 22 de maio de 1941, foi criada a Base Aérea de Porto Alegre (BAPA), com sede em Canoas.
Em 21 de agosto de 1944, ela teve a sua denominação alterada, para Base Aérea de Canoas (BACO) situada onde é o V COMAR. Ela permanece lá até 31 de janeiro de 1949, quando a BACO é extinta, sendo ativada a Base Aérea de Porto Alegre (BAPA) no então Aeródromo Militar de Gravataí, em Canoas — local onde se encontra atualmente.
No dia 21 de agosto de 1961, ela volta a ser designada BACO. Em 15 de dezembro de 2016, a BACO foi desativada, como parte de uma grande reestruturação organizacional da FAB. No lugar da BACO foi criada a ALA 3. Essa reorganização não foi funcional, e em 16 de abril de 2021, a BACO foi reativada, mantendo abrigada a ALA 3, a qual foi, por sua vez, desativada no dia 1º de fevereiro de 2022. Vida longa a BACO.
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