Balões espiões da China sobrevoam Base Aérea de Taiwan. O Ministério da Defesa Nacional de Taiwan disse na terça-feira (03/01), que quatro balões espiões lançados pela China cruzaram o espaço aéreo da ilha, sendo que três deles passaram perto de uma importante Base da Força Aérea de Taiwan (ROCAF). A ação ocorre em um momento que Pequim aumenta as ameaças de anexação da Ilha com o uso de força militar.
De acordo com o MDN de Taiwan, três balões passaram no sentido leste – oeste perto da Base Aérea de Ching-Chuan-Kang, onde estão diversas unidades de defesa aérea da ROCAF. O quarto bólido espião chinês passou ao norte do importante porto de Keelung, responsável pelas principais rotas comerciais com o Japão.
No próximo dia 13 de janeiro, Taiwan realizará eleições gerais para escolha do seu novo presidente e novos congressistas, e Pequim tem usado o seu poder militar, diplomático e econômico para influenciar os eleitores a apoiarem candidatos favoráveis a unificação. Apesar disso, o Partido Democrático Progressista, pró-independência, lidera na maioria das pesquisas, reafirmando o apoio do eleitorado ao estatuto de independência.
O Exército Popular de Libertação do Povo Chinês (ELP) regularmente seus navios e aviões de guerra para missões próximas de Taiwan, e a utilização de balões espiões para coleta de dados pode ser uma nova etapa na sua campanha de intimidação contra a “ilha rebelde”.
Em fevereiro de 2023 um balão chinês espião chinês foi abatido pela USAF após cruzar a América do Norte e os EUA. As informações divulgadas pelo Pentágono na época, indicaram após as análises das imagens feitas por um avião U-2 e dos destroços recolhidos, que o artefato chinês estava equipado com sistemas de coleta de sinais de inteligência e fazia parte de um enorme programa de vigilância militar que tinha como alvo mais de 40 países.
O ELP opera uma frota de balões usados especificamente para espionagem nos cinco continentes. “Eles são equipados com sistemas de alta tecnologia projetados para coletar informações confidenciais de alvos em todo o mundo”, afirma o Pentágono.
Fonte: AP News
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