A empresa BAE Systems informou nesta semana que projetará e desenvolverá um sistema aéreo não tripulado (UAS) de baixo custo e atritável para o programa Skyborg da USAF. Segundo Ehtisham Siddiqui, vice-presidente e gerente geral de soluções de controle e aviônica da BAE Systems:
“A necessidade de gerar energia de combate mais rápido do que nossos adversários é crítica para lidar com ameaças semelhantes. Este projeto irá acelerar o desenvolvimento e a implantação de ‘sistemas de equipes não tripuladas’ (MUM-T -Manned-Unmanned Teaming) para dar à USAF uma vantagem decisiva no campo de batalha”.
A empresa afirma que o UAS será projetado usando os sistemas autônomos da BAE Systems, incluindo sensores e cargas úteis que se comunicam através de uma rede compartilhada com aeronaves tripuladas. Essa abordagem modular e comum permitirá atualizações e integração rápidas, o que possibilitará que os recursos mais recentes sejam colocados em campo na defesa contra ameaças emergentes.
A incorporação de uma rede compartilhada fornecerá uma capacidade MUM-T, permitindo que o UAS se alie a aeronaves tripuladas para trabalhar em conjunto na conclusão de missões. A rede estende o alcance da frota, isto é, vai além do alcance visual. Ao mesmo tempo que mantém a aeronave tripulada e o pessoal fora de perigo, o UAS servirá como olhos e ouvidos para os pilotos, coletando e enviando dados do campo de batalha para um caça tripulado.
Na prática, é o mesmo conceito do Loyal Wingman, que a Boeing vem desenvolvendo para a Real Força Aérea Australiana (RAAF), no entanto, com um toque de que o Skybord da USAF tende a ser um UAS mais barato e, por isto, descartável caso a missão exija. Em alguns relatórios da própria USAF, o Skybord deverá evoluir rapidamente para um drone suicida (Kamikaze), onde ele mesmo poderá destruir o alvo passando do modo de Wingman para virar pura e simplesmente um míssil. Isto cria um novo sentido ao ataque a alvos de alto valor. Ao invés de apontar e esperar o ataque de aeronaves tripuladas ou drones armados, ele mesmo pode vigiar, localizar, observar e destruir o alvo.
O programa Skyborg é coordenado pela Strategic Development Planning and Experimentation (SDPE) da USAF e foi lançado em 2018. Várias empresas estão envolvidas em apresentar m projeto que é calçado em Inteligência Artificial (AI) e complexos algorítimos. Entre elas Boeing, Northrop Grumman, General Atomics, Kratos e BAE. A projeção é que o Skyborg entre em serviço em 2023.
@CAS