BAANA 24: caças F-35A da USAF e Typhoon da Luftwaffe pousam em rodovias na Finlândia. A Força Aérea Finalandesa (FAF) realizou nesta semana o exercício anual BAANA 2024, onde suas aeronaves e de nações convidadas operam a partir de rodovias no país. Nesta edição, caças F-35A Lightning II da USAF e Eurofighter Typhoon da Luftwaffe participaram do tradicional exercício “rodopista” na Finlândia.
O BAANA 24 iniciou em 31/08 e se encerrou hoje (06/09). Foram utilizados trechos das rodovias Norvatie, em Rovaniemi, e da rodovia Hosio, em Ranua, onde as aeronaves da Finlândia, Estados Unidos e Alemanha operaram.
Foi a primeira vez que caças de quinta geração F-35A da USAF pousaram em uma rodovia na Europa. Os Lightning II vieram da 48ª Ala de Caça (48th FW) baseada na RAF Lakenheath, Reino Unido. O Comando da Unidade disse que a operação foi uma demonstração operacional da USAF sob o programa Agile Combat Employment (ACE), cujo objetivo é implantar força em locais austeros e não tradicionais.
Os Eurofigter Typhoon da Luftwaffe vieram do Esquadrão Tático de Caça 71 “Richthofen” (TLG71R), baseados em Laage.
Não foi a primeira vez que caças F-35A e Typhoon pousaram em uma rodovia na Finlândia. Em 2023, dois F-35A da Força Aérea Real na Noruega e dois jatos Typhoon da Royal Air Force participaram do BAANA.
Durante a guerra fria, as operações “rodopistas” eram muito comuns na Europa, mas caíram em desuso quando a Rússia reduziu suas ameaças. Mas a invasão da Ucrânia em 2022 mostrou que bases aéreas e outras unidades militares importantes são alvos de grande valor. Com isso, a OTAN tem incentivados seus aliados europeus a retomarem com força as operações em locais alternativos.
As Forças Aéreas dos dois mais novos membros OTAN, Suécia e Finlândia, estão acostumadas a operar em rodovias. A Finlândia realiza o BAANA há muitos anos, não sendo novidade para os seus pilotos operarem em estradas. A Suécia tem nos seus caças Saab Gripen sua primeira linha de defesa aérea, e uma das qualidades desses vetores é que foram projetados para operar com mínimo suporte externo, fator importante para operações do tippo “rodopista”.
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