Aviação naval chinesa testa nova versão do bombardeiro H-6. A Marinha do Exército de Libertação do Povo Chinês (PLAAN), recentemente testou o seu mais novo bombardeiro em um exercício utilizando armamentos reais no Mar do Sul da China. O Xian H-6J realizou missões de lançamento de bombas convencionais sobre ilhas, além da colocação de minas marítimas, conforme relatou o Global Times.
Sob o Comando do PLA Southern Theatre, um regimento da Força de Aviação Naval baseada na província de Hainan, no sul do País, o exercício teve como objetivo a utilização real de bombas de alto poder explosivo e minas do fundo do mar, conforme relatou a China Central Television (CCTV), na sexta-feira (03/12).
Vários bombardeiros H-6J decolaram em formação, durante a madrugada, com destino ao ponto de interesse no Mar do Sul da China, onde chegaram ao amanhecer, sob condições climáticas adversas, incluindo pesadas formações de nuvens.
Primeiramente, as aeronaves realizaram a colocação das minas marítimas e, em seguida, o lançamento das bombas, que são caracterizadas por sua velocidade rápida e grande raio de explosão. De acordo com a CCTV, os artefatos atingiram com sucesso, os alvos nas ilhas e recifes. Após esta primeira onda de bombardeios, os H-6J retornaram a sua base, onde foram checados, reabastecidos e novamente armados, para uma segunda onda de ataque aéreo.
“Testamos com eficácia a precisão e a confiabilidade de ambos os tipos de munições. Para a próxima etapa do exercício, buscaremos inovações em táticas e abordagens com a situação realista dos inimigos levada em consideração, e faremos avanços no uso de novos tipos de armas e equipamentos”, disse Zhang Yanjie, Sub-Comandante do Regimento.
Os bombardeiros H-6J transportaram mísseis anti-navio YJ-12 sob suas asas, além de bombas e minas marítimas em seu s compartimentos internos, de acordo com a reportagem da CCTV. Essa aeronave foi oficialmente revelada pelo Ministério da Defesa da China apenas no ano passado.
O exercício mostrou que o H-6J mantém sua capacidade de bombardeio tradicional, embora também possa ser armado com mísseis de cruzeiro antinavio e de ataque terrestre, disse um especialista militar chines ao Global Times, sob sigilo.
As bombas são mais eficientes e baratas do que os mísseis e são particularmente úteis quando os bombardeiros não estão sob ameaça de fogo hostil. Isso pode ocorrer quando as forças amigas já tiverem a superioridade aérea sobre o cenário de combate, e liberado o fogo antiaéreo, disse o especialista, observando que na “porta do continente chinês”, como o Mar da China Meridional e o Estreito de Taiwan, situações semelhantes poderão ocorrer com os bombardeiros do PLA. Em um momento em que forças estrangeiras e de Taiwan estão fazendo provocações, os exercícios do PLA podem servir como um impedimento, disseram analistas chineses.
Fonte: Global Times
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