Austrália quer obter maior furtividade para o F-35. Um projeto de US$ 100 milhões está atualmente em andamento para construir uma instalação de revestimento para as aeronaves F-35 da RAAF Williamtown. A instalação aplicará um revestimento especial aos caças, visando ampliar sus furtividade ao radar. Este é um desenvolvimento significativo, pois é a primeira vez que esta tecnologia é usada fora dos EUA.
O ministro da Indústria da Defesa, Pat Conroy, disse que a tinta especial usada nos F-35A Lightning II da Royal Australian Ar Force (RAAF) aumenta muito suas capacidades furtivas, ao absorver ondas de radar em vez de refleti-las.
Conroy acrescentou: “A furtividade do F-35 e sua capacidade de se conectar com outras aeronaves o tornam o caça a jato mais avançado do mundo”.
A composição da tinta é um segredo. A composição química da tinta é confidencial nos EUA. A BAE Systems, uma empresa com sede em Williamtown, administrará os trabalhos e as instalações. Atualmente a empresa gerencia a frota de 63 aeronaves F-35A da RAAF.
O presidente-executivo da BAE na Austrália — Ben Hudson, diz que seu relacionamento com a RAAF tem prosperado por quase 30 anos. Ele acredita que isso cria oportunidades para os jovens australianos ingressarem em uma indústria de alta tecnologia e contribuir para a segurança nacional. A construção da instalação começará em 2024.
A tecnologia furtiva é uma característica fundamental do F-35, e a pintura desempenha um papel crucial na obtenção dessa capacidade. A tinta usada no F-35 é projetada para absorver e espalhar ondas de radar, tornando a aeronave difícil de detectar no radar. Isso é conseguido através do uso de materiais especiais na pintura que podem absorver e dissipar a energia eletromagnética.
A tinta usada no F-35 é composta de várias camadas, cada uma com uma finalidade específica. A camada superior é um material absorvente de radar que ajuda a espalhar as ondas de radar e reduzir a assinatura de radar da aeronave. Essa camada geralmente é preta ou cinza escuro, o que ajuda a reduzir a visibilidade da aeronave à noite ou em condições de pouca luz.
Além da camada superior, a pintura do F-35 também inclui uma camada de material condutor que ajuda a dissipar qualquer energia eletromagnética remanescente. Essa camada é normalmente feita de um material como fibra de carbono ou alumínio, sendo altamente condutor e pode absorver e dissipar rapidamente a energia eletromagnética.
O F-35 formará a espinha dorsal da defesa da Austrália no futuro. Há planos em andamento para que ele atue ao lado do UCAV MQ-28 Ghost Bat da Boeing, que atuará como um loyal wingman. Apesar das preocupações com custos e problemas técnicos, a Austrália está considerando comprar mais F-35 da Lockheed Martin. Hoje estão contratados 72 F-35A, mas a demanda potencial pode levar a um total de 96 F-35 australianos e a ativação de um quarto esquadrão.
@CAS