Ataque noturno de Su-27 da UAF com uso de GBU-39 americanas. A Força Aérea Ucraniana (UAF) continua a utilizar caças Su-27, agora equipados com GBU-39B Small Diameter Bomb fornecidas enviadas pelos Estados Unidos para missões de ataque noturno.
Novas imagens revelam uma visão clara do Su-27 voando com uma carga útil completa de GBU-39B SDB, destacando uma combinação única da integração de aeronaves soviéticas com bombas americanas.
Embora essa combinação de hardware não seja inédita, a filmagem é rara devido à sua clareza, fornecendo um visual impressionante da simbiose entre essas duas tecnologias militares díspares.
A hora e o local do vídeo ainda não estão claros, mas, com base no contexto, é provável que ele tenha sido capturado no início de uma missão — possivelmente de uma aeronave ou drone próximo, com o Su-27 decolando de uma base no centro ou oeste da Ucrânia, fora do alcance das defesas aéreas russas.
Ukrainian Air Force Su-27 Flanker heading out on an evening strike mission, armed with a full load of US-supplied GBU-39 SDB glide bombs. pic.twitter.com/mdihcfNrww
— OSINTtechnical (@Osinttechnical) January 27, 2025
A integração da bomba de pequeno diâmetro GBU-39 (SDB) com o caça Su-27 Flanker representa um feito notável de adaptação e engenharia militar. Esse processo, que foi confirmado publicamente pela primeira vez em 2024, envolveu a superação de desafios técnicos e logísticos significativos para fundir munições guiadas de precisão ocidentais com uma plataforma originalmente projetada para armamento soviético.
A jornada começou com os militares ucranianos recebendo bombas GBU-39 como parte de pacotes de ajuda militar ocidentais, principalmente dos Estados Unidos. A primeira evidência visual dessa integração surgiu em maio de 2024, quando vídeos e fotografias circularam em plataformas de mídia social, mostrando MiG-29 Fulcrums equipados com as bombas.
No entanto, foi somente em outubro de 2024 que surgiram evidências claras da GBU-39 havia sido integrada em um Su-27, marcando um momento crucial na evolução das capacidades de combate aéreo da Ucrânia.
O principal desafio nessa integração foi a incompatibilidade fundamental entre as munições padrão da OTAN e as aeronaves projetadas pelos soviéticos. Os hardpoints e pilones do Su-27 não foram originalmente projetados para acomodar armas da OTAN como o GBU-39.
Remarkable cockpit footage of a Ukrainian Air Force Su-27 Flanker launching a salvo of four US-supplied GBU-39 SDB glide bombs at a Russian target.
— OSINTtechnical (@Osinttechnical) December 13, 2024
The Ukrainian Flanker tosses the glide bombs while in a 60+ degree climb. pic.twitter.com/EBhPsFjQyc
Isso exigiu o desenvolvimento de adaptadores personalizados ou pilones inteiramente novos para prender fisicamente as bombas à aeronave. Tais adaptações exigiram não apenas engenhosidade mecânica, mas também um profundo entendimento das especificações de ambos os sistemas para garantir integridade estrutural e confiabilidade operacional.
Além da integração física, a aviônica do Su-27 apresentou outra camada de complexidade. O GBU-39 depende de GPS sofisticado e orientação INS (Sistema de Navegação Inercial) para mira de precisão, sistemas que diferem significativamente da aviônica da era soviética em termos de protocolos de comunicação e manuseio de dados.
Para preencher essa lacuna, modificações nos computadores de missão da aeronave ou a adição de hardware e software intermediários eram necessárias. Isso incluía potencialmente integrar pods de mira portáteis ou outros sistemas externos capazes de transmitir os dados de GPS necessários para o sistema de orientação da bomba.
O treinamento operacional também se tornou um aspecto significativo dessa integração. Os pilotos ucranianos tiveram que aprender novos procedimentos para mirar, armar e liberar a GBU-39, que diferem das metodologias usadas com munições soviéticas.
Esse treinamento foi crucial não apenas para os pilotos, mas também para as equipes de solo, que precisavam entender as nuances do carregamento e da manutenção desses novos sistemas de armas.
A importância estratégica dessa integração não pode ser exagerada. O GBU-39, conhecido por sua capacidade de atingir alvos com alta precisão a até 40 milhas náuticas de distância, expande as opções táticas para a Força Aérea Ucraniana. Ela permite que o Su-27, tradicionalmente um caça de superioridade aérea, participe de missões ar-solo com danos colaterais mínimos devido ao pequeno tamanho e à precisão da bomba.
Além disso, a integração foi notada por sua resiliência contra os esforços de guerra eletrônica russos, proporcionando uma vantagem tática significativa em espaço aéreo disputado.
No início da década de 2020, a frota operacional de Su-27 da Ucrânia foi significativamente reduzida, com relatos sugerindo que cerca de 55 aeronaves permaneceram, incluindo 37 Su-27S, dez Su-27P, seis Su-27UB e dois Su-27UP.
Eles são operados principalmente pela 831ª Brigada de Aviação Tática, demonstrando o papel duradouro da aeronave na estratégia de defesa ucraniana.
Em termos de equipamento, os Su-27 ucranianos são equipados com o radar Phazotron N001 Myech, que oferece capacidades de rastreamento durante a varredura e de observação/derrubada, um recurso essencial para engajar alvos voando baixo ou furtivos.
Isso levou a Zaporizhzhya Aircraft Repair Plant “MiGremont” a iniciar um programa de modernização para os padrões da OTAN, resultando em modelos como o Su-27P1M e o Su-27UB1M. Essas atualizações envolveram pequenas revisões de radar, navegação e sistemas de comunicação.
@CAS