Drone dos EUA mata líder do Hezbollah em Bagdá. Os Estados Unidos realizaram um ataque com drone em Bagdá, capital iraquiana, na noite de ontem (07/02). A ação destruiu um veículo e matou seus três ocupantes, todos membros do grupo terrorista Hezbollah. De acordo com o Comando Central dos EUA (CENTCOM), um dos mortos era comandante de alto escalão da milícia.
O ataque aconteceu enquanto o veículo transitava em uma das principais avenidas do bairro de Mashtal, no setor leste de Bagdá, e atraiu uma multidão enquanto equipes de emergência atendiam a ocorrência. Fontes do Hezbollah disseram à jornalistas que um dos mortos era Wissam Mohammed “Abu Bakr” al-Saadi, comandante e encarregado das operações do grupo terrorista na Síria.
Imediatamente as forças de segurança iraquianas fecharam a chamada Zona Verde da cidade, onde estão localizados vários complexos diplomáticos. O motivo foi o início de manifestações incentivando a invasão da embaixada dos EUA.
O ataque ocorreu em meio ao aumento das tensões na região, depois que militares dos EUA lançaram um ataque aéreo a dezenas de locais no Iraque e na Síria usados por milícias apoiadas pelo Irã. A ação foi realizada em retaliação a um ataque de drone que matou três soldados dos EUA na Jordânia no final de janeiro.
Os EUA culparam a Resistência Islâmica no Iraque, uma ampla coligação de milícias apoiadas pelo Irã, pelo ataque na Jordânia. O grupo seria liderado pelo Hezbollah, disseram autoridades norte-americanas.
A Resistência Islâmica no Iraque tem reivindicado regularmente ataques a bases militares americanas no país e na Síria, em resposta ao apoio de Washington à Israel na guerra contra o Hamas. O Hezbollah disse em comunicado que estava suspendendo os ataques às tropas americanas para evitar “constranger o governo iraquiano” após o ataque na Jordânia, mas outros participantes da milícia prometeram continuar os combates.
No domingo (04/02), a Resistência Islâmica no Iraque afirmou que um ataque de drones a uma base que abrigava tropas dos EUA no leste da Síria, matou seis combatentes das Forças Democráticas Sírias, um grupo liderado pelos curdos aliados aos Estados Unidos.
O recente aumento no conflito regional ocorreu horas depois que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, ter rejeitado a proposta de cessar fogo do Hamas. Netanyahu prometeu continuar a guerra até a “vitória absoluta”.
@FFO