O Ministro da Defesa Argentino, Agustín Rossi, chefiou ontem (14/10) uma reunião do Comando Conjunto Antártico para analisar as ações relativas à realização da Campanha Antártica de Verão (CAV) 2020/2021, principalmente pelo desafio no suprimento em meio às restrições sanitárias impostas pela pandemia Covid-19.
Sobre o desenvolvimento da campanha em meio a pandemia, o ministro destacou que “alguns países tomaram a decisão de suspender a sua campanha de verão na Antártica, mas acreditamos que isso não é viável, e decidimos fazê-lo com todos os cuidado e o protocolo correspondente”, e lembrou que as bases antárticas argentinas tem um protocolo sanitário muito rígido, inclusive proibindo contatos com o pessoal de outras bases.
Para cumprir o CAV 2020/2021 e minimizar os riscos da chegada do coronavírus na única região do planeta livre de contágio, o Comando Operacional Conjunto estabeleceu um plano de operações que contempla as três fases e que começa nos primeiros dias de dezembro.
A novidade é a inclusão de uma fase preliminar, que consiste no isolamento preventivo de 14 dias para cada tripulante que estiver em viagem. Todos farão testes de PCR no primeiro dia, terão controles médicos durante as duas semanas, que se encerram com outro teste de PCR, e cujo resultado negativo habilitará o tripulante prosseguir para a Antártica.
O desenvolvimento planejado segue as três fases anuais: a primeira, em dezembro, com a substituição e abastecimento da Base do Marambio, depois em janeiro, a troca da Base Belgrano II e, na terceira fase, o abastecimento no entorno da Base San Martín. Todas operações ocorrerão conforme as condições climáticas da região.
Nsta 117ª edição do CAV o objetivo principal será abastecer as seis bases argentinas permanentes, Marambio, Esperanza, Orcadas, BelgranoII, San Martín e Carlini. Devido às restrições impostas pela pandemia, as sete bases temporárias não serão abertas: Primavera, Melchior, Cámara, Brown, Matienzo, Decepción e Petrel. Os abrigos e acampamentos que os cientistas usam estarão fechados. A prioridade será o abastecimento de alilmentos e combustível das seis bases permanentes, além da retirada de resíduos.
Para a realização de compromissos internacionais e de interesse prioritário, foram autorizados treze pesquisadores e cientistas na Base Carlini, dois na Base Esperanza, e dois na Base das Orcadas, que ficarão permanentes desses locais, sem deslocamentos.
Finalmente, o Comandante do Complexo Antártico, Coronel Edgard Calandin, explicou que “as atividades científicas serão limitadas por restrições e cuidados devido à pandemia, e informou que não serão transferidas famílias para a Antártida. A Escola Base Esperanza, única que funciona na Antártida, permanecerá fechada, e só serão desenvolvidas tarefas essenciais.
@FFO