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Argentina apreende 747 cargueiro venezuelano retido em Buenos Aires a pedido dos EUA

20 de agosto de 2022
Argentina apreende 747 cargueiro venezuelano retido em Buenos Aires a pedido dos EUA (Foto: Yuri Cortez/AFP).
Argentina apreende 747 cargueiro venezuelano retido em Buenos Aires a pedido dos EUA (Foto: Yuri Cortez/AFP).

Argentina apreende 747 cargueiro venezuelano retido em Buenos Aires a pedido dos EUA. A justiça argentina acatou a solicitação do governo dos Estados Unidos, e ordenou em 11 de agosto a apreensão Boeing 747-300 da companhia aérea venezuelana EMTRASUR, que está retido desde 8 de junho no Aeroporto Internacional de Ezeiza, em Buenos Aires.

A alegação da justiça norte-americana é de que o avião estaria violando das sansões aplicadas a países considerados suspeitos de terrorismo. A escalada judicial alimenta ainda mais a tensão diplomática entre Buenos Aires e Caracas, que considera a retenção do avião um “sequestro” e o presidente argentino, Alberto Fernández, um “marionete do império”.

Agentes do FBI estiveram vistoriando o 747 venezuelano em Ezeiza, para confeccionar um relatório para a justiça norte-americana. O juiz federal argentino, Federico Villena, também autorizou o US Marshals Service, encarregado de transportar prisioneiros federais dos EUA, a coordenar a custódia e manutenção da aeronave. Um acordo bilateral firmado entre os governos da Argentina e dos Estados Unidos permite as recentes ações realizadas.

Boeing 747-300 cargueiro da EMTRASUR
Boeing 747-300 cargueiro da EMTRASUR

O processo foi desmembrado em dois casos distintos, a investigação dos tripulantes investigados por supostas ligações com terrorismo e a utilização do avião para fins supostamente ilícitos.

A investigação principal deve determinar se a intenção de alguns tripulantes – especialmente os iranianos – era diferente do que foi informado, ou seja, transporte de peças automotivas. A suspeita foi levantada pela Delegação das Associações Israelitas Argentinas (DAIA), que achou estranha a presença de tripulantes iranianos no voo de uma companhia aérea venezuelana. A comunidade judaica argentina pediu esclarecimentos se os iranianos tinham ligações com alguns dos acusados ​​do atentado que destruiu a sede da AMIA e deixou 85 mortos, em Buenos Aires em 1994.

Após receber a informação da apreensão do Boeing 747, apoiadores do governo de Nicolás Maduro, organizaram uma manifestação em frente à embaixada argentina em Caracas, gritando “devolvam nosso avião e nossa tripulação”. A mídia estatal venezuelana trata de ampliar as manifestações, inclusive com entrevistas de importantes lideranças revolucionárias. A hashtag #ReturnTheAirplane foi levantada na televisão estatal Venezolana de Televisión, em um spot que é acompanhado por um discurso enérgico de Nicolás Maduro questionando o “imperialismo”.

Na concentração da embaixada argentina em Caracas, esteve presente o Ministro dos Transportes da Venezuela, Ramón Velásquez, junto com vários deputados pró-governo, e participaram trabalhadores da companhia aérea estatal Conviasa. O ministro foi recebido pelo embaixador argentino, Oscar Laborde, que acaba de tomar posse em Caracas. “Esperamos que a verdade prevaleça, que a justiça argentina reaja”, disse Velásquez.

“Agora eles querem apreender um avião na Argentina por causa de uma decisão de um tribunal do Estado da Flórida [EUA]. Em outras palavras, a partir de agora um tribunal da Flórida ou de Nova York decide pegar um navio, um avião ou qualquer propriedade da Venezuela ou de qualquer país e pode fazê-lo. Não há domínio soberano? Não há respeito pela soberania? Não há respeito pelo direito internacional ou é que os tribunais dos Estados Unidos governam na Argentina?”, reclamou Maduro em recente discurso.

A tensão entre Caracas e Buenos Aires aumentos depois da recente decisão de apreensão do 747. Falando à jornalistas, na última semana, o subsecretário de Assuntos Latino-Americanos da Argentina, Gustavo Martínez Pandiani, disse que “a questão do avião não altera em nada a relação com a Venezuela. Trata-se de uma questão judicial, e o Poder Executivo não tem muito o que fazer. Não vamos interferir. O vínculo com a Venezuela está normalizado, tomamos a decisão de elevar a relação ao nível de embaixadores”.

Fonte: El País

@FFO

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