

A Força Aérea da Argélia (AAF) teria recebido os primeiros caças russos Sukhoi Su-35 (codinome OTAN “Flanker-E”) na Base Aérea de Oum Bouaghi, se tornando o terceiro operador do modelo após a Rússia, o Irã e a China.
Vídeos publicados pelo Algeria Star Ship em 13/03, mostram um Su-35 voando sobre Oum Bouagh, no nordeste do país. O recebimento desses jatos não foi divulgado oficialmente, mas estaria em conformidade com os esforços contínuos da Argélia em modernizar sua frota e manter a estratégia de defesa nacional.
A primeira linha de defesa aérea argelina está baseada em mais de 70 jatos multifuncionais Su-30MKA de geração 4+, comprado em 2006. Essas aeronaves desempenham um papel fundamental na defesa aérea e nas capacidades de ataque da AAF. Seus modernos aviônicos, radar aprimorado e motores AL-31FP com empuxo vetorizado, permitem que ele execute missões de superioridade aérea, ataque ao solo e reconhecimento.
Analistas sugerem que a decisão da Argélia de aceitar o Su-35 Flanker-E está relacionada a atrasos no cronograma de produção do Su-57 e aos termos bastante lucrativos do acordo, bem como a disponibilidade imediata das aeronaves. Esses caças foram originalmente fabricados para o Egito, que fez um pedido em 2018, mas posteriormente desistiu devido à pressão dos EUA.
O Su-35 é uma evolução do Su-27M projetado para aprimorar as capacidades da plataforma Flanker. Seu design elimina os canards presentes no Su-30MKI, especialmente por conta da vetorização de empuxo. Construído com materiais compostos o jato é mais leves e integra estruturas internas reforçadas para operações de alto desempenho com manobras de 9g.
O Flanker-E tem a cabine no conceito “glass cockpit”, que reduz a carga de trabalho dos pilotos e otimiza o gerenciamento da missão. O radar Irbis-E de varredura eletrônica passiva (PESA) é capaz de detectar alvos a mais de 350 quilômetros. Algumas variantes incluem radares eletrônicos ativos (AESA) secundários localizados nas raízes das asas para a capacidade de melhorar a detecção. Os sistemas de guerra eletrônica e contramedidas do Su-35 são projetados para aumentar a capacidade de sobrevivência em espaço aéreo disputado.

O armamento do Su-35 inclui munições ar-ar e ar-solo projetadas para combates de longo alcance e de curta distância. É compatível com mísseis ar-ar R-77 e R-73, mísseis de cruzeiro Kh-31 e Kh-59 e bombas guiadas de precisão KAB-500 e KAB-1500. O canhão GSh-30-1 de 30 mm oferece uma opção de combate de curto alcance. A aeronave possui 14 pontos de fixação externos, permitindo uma carga útil máxima de mais de 8.000 quilos, possibilitando a execução de missões multifuncionais de superioridade aérea, ataque e interdição.
Informações não oficiais indicam que a Argélia pode considerar um programa de modernização da sua frota de Su-30MKA, possivelmente integrando elementos do Su-35, como o motor AL-41F-1S e o radar Irbis-E, para otimizar a logística e padronizar o desempenho.

A decisão da Rússia de exportar o Su-35 resultou em pedidos da China, Egito (cancelado), da Argélia e do Irã, que substituirá seus antigos F-14 Tomcat e F-4 Phantom pelo jato multifuncional russo.
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