AMI reativa o 101º Gruppo para voar os F-35B em Amendola. Em 1º de julho de 2025, durante uma cerimônia com a presença de vários ex-membros da unidade, a Aeronautica Militare Italiana (Força Aérea Italiana) reativou o 101º Gruppo, visando o emprego das aeronaves Lockheed Martin F-35B (STOVL).
O 101º Gruppo (Esquadrão) se junta ao 13º Gruppo, a primeira unidade da Força Aérea Italiana a operar o F-35, como parte do 32º Stormo (Ala). Na ativação, dois F-35B MM7455/32–18 (BL-5) e MM7453/32–14 (BL-3) estavam em exibição na Base Aérea de Amendola.
Ambos já ostentando a insígnia tradicional do 101º Gruppo, um raio vermelho perfurando uma cobra, na entrada de ar esquerda, juntamente com o emblema da unidade da Segunda Guerra Mundial pintado no lado esquerdo da seção do nariz, abaixo do canopi.
A partir de 2 de julho de 2025, o esquadrão será composto por cinco aeronaves. O 154º Gruppo, também sediado na Base Aérea de Ghedi, transferirá suas aeronaves Tornado para o 155º Gruppo, para a transição para o F-35A. Com a nova estrutura, o 155º Gruppo será a única unidade da AMI a operar as aeronaves Tornado IDS e ECR restantes.
Com a designação do F-35B para o 101º Gruppo, a Força Aérea Italiana agora opera quatro esquadrões Lightning, em vias de implantar em 2025 sua quinta unidade:
O 101º Gruppo remonta suas origens a março de 1941, quando foi formado como 101º Gruppo Autonomo Bombardamento a Tuffo, equipado com bombardeiros de mergulho Junkers Ju 87B Stuka fornecidos pela Alemanha. Inicialmente encarregado de operações de bombardeio de mergulho durante a Segunda Guerra Mundial, a unidade participou de várias campanhas antes de ser dissolvida no final da guerra.
Foi reativado no pós-guerra como uma unidade de jatos voando o F-84F Thunderstreaks. Durante a década de 1950, o 101º também contribuiu com pilotos e aeronaves para o “Getti Tonanti”, a equipe acrobática oficial da AMI antes da Frecce Tricolori, que voava os F-84F. Em 1992 recebeu os Fiat G.91Y que voaram até 1994.
Em julho de 1995, começou a operar o A-11 Ghibli (AMX), uma aeronave de ataque leve e reconhecimento desenvolvida em conjunto pela Itália e pelo Brasil, como parte do 8º Stormo sediado na Base Aérea de Amendola. O 101º Gruppo operava tanto coma unidade multifuncional responsável tanto por missões operacionais quanto pela conversão operacional de pilotos de AMX.
Sob o comando do 32º Stormo, o esquadrão participou de operações da OTAN sobre os Bálcãs e contribuiu para o treinamento tático das tripulações de Ghibli. Permaneceu como um componente-chave da capacidade de desdobramento da frota de AMX ao longo das décadas de 1990 e 2000.
Em 2014, como parte de uma reorganização mais ampla da Força Aérea Italiana, o 101º Gruppo foi transferido para o 51º Stormo em Istrana, com foco em treinamento avançado e padronização operacional para pilotos de AMX. A unidade foi finalmente desativada em novembro de 2016, quando a frota de AMX começou a ser reduzida.
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