AMC libera novas missões para os KC-46A Pegasus. O Air Mobility Command (AMC) da USAF está liberando mais operações para os Boeing KC-46 Pegasus. O anuncio de 06 de agosto informa que serão permitidas operações de reabastecimento com aeronaves C-17 e B-52, além de outros KC-46, em algumas circunstâncias.
É a segunda liberação provisória do tipo ICR (Interim Capability Release), que o AMC emite para o Pegasus. No mês passado foi liberada a utilização do Centerline Drogue System, e em fevereiro o AMC permitiu que os KC-46 assumissem algumas operações REVO (reabastecimento em voo) dos KC-135 e KC-10, desde que não fossem em missões de combate.
“Sob esta nova abordagem, se o AMC for encarregado de fornecer suporte [REVO] para uma missão operacional para translado dos F-18 para o exterior, ou uma missão operacional com B-52, ou para executar outras implantações de comando combatente, serão acionados os KC-135 e KC-10, tendo em vista que o KC-46A atualmente é incapaz de realizar diante das suas deficiências existentes”, disse a Chefe do AMC, General Jacqueline D. Van Ovost, ao anunciar o plano em fevereiro.
Recentemente os KC-46 atingiram a marca de 5.000 surtidas realizadas, sendo que 2.700 foram somente neste ano. Nos últimos meses, o AMC revisou os critérios operacionais do Pegasus, e determinou que ele estava pronto para assumir mais tarefas do U.S. Transportation Command.
Não há cronograma para o próximo anúncio do AMC, que realiza as liberações de acordo com as informações recebidas de dados acumulados das operações recentes. Desde outubro de 2020, os KC-46 realizaram mais de 4.700 contatos de reabastecimento com C-17, B-52, e outros KC-46.
Com este ICR, o AMC planeja que o KC-46 assuma missões REVO em tarefas de treinamento, exercícios, e alguns desdobramentos, levando caças ou outras aeronaves para fora dos EUA. Os KC-46 não podem atuar em operações de combate até estarem totalmente operacionais.
Ainda existem várias deficiências de Categoria 1 nos Pegasus, definidas como importante e que podem afetar a segurança de voo. Os mais notáveis são com o problemático Remote Vision System, que está sendo revisado para uma versão 2.0, e que deve entrar em operação em 2023, e com a haste “rígida” de reabastecimento, que impede de reabastecer os A-10.
A USAF anunciou em junho mais duas deficiências de Categoria 1, que estão sendo reparadas às custas da Boeing. Eles se concentram na instabilidade com o software Flight Management System e seus tubos de drenagem. A Boeing implementou uma correção de projeto e está trabalhando no processo para finalizá-lo durante o mês de agosto.
@FFO