Alguns detalhes do Fujian, o terceiro porta-aviões da Marinha Chinesa
Alguns detalhes do Fujian, o terceiro porta-aviões da Marinha Chinesa. Com a entrada em operação do Fujian, a Marinha Chinesa passou a contar com três porta-aviões, a segunda maior frota deste tipo de navio no mundo, mas muito atrás dos 11 operados pela Marinha dos EUA.
Conforme noticiamos, o porta-aviões Fujian (número de casco 18) da Marinha Popular da China, foi oficialmente comissionado no último dia 06 de novembro, em uma cerimônia que contou com a presença do presidente Xi Jinping.
Inteiramente projetado e construído pela indústria naval nacional, o Fujian representa um avanço tecnológico que ajudará na projeção de poder da China no Pacífico. Ele será especialmente importante em áreas disputadas do Mar da China Oriental, do Estreito de Taiwan e do Mar da China Meridional.
O Fujian (18) é o primeiro porta-aviões chinês equipado com o moderno sistema de lançamento por catapultas eletromagnéticos (EMALS). Os outro dois, o Liaoning (16), um projeto soviético comprado inacabado da Ucrânia, e o Shandong (17), construído no país com base no projeto do Liaoning, são equipados com rampas de lançamento do tipo skijump.
Batizados com nomes de províncias costeiras, os três naus navios da China colocam o país à frente da Índia, do Reino Unido e da Itália, os quais tem dois porta-aviões cada.
Maior capacidade de combate
Com as catapultas EMALS, o Fujian é capaz de lançar aviões mais pesados e totalmente carregados, incluindo as aeronaves KJ-600 de alerta aéreo antecipado e controle (AEW&C). Isso permitirá que ele opere missões contra alvos distantes, sem depender de aeronaves de reconhecimento baseadas em terra para detectar ameaças. Seus aviões também podem transportar mais armamentos e combustível, aumentando seu alcance e poder de fogo.
Maior flexibilidade
O Fujian é o segundo porta-aviões do mundo equipado com o sistema de lançamento EMALS, depois do americano o USS Gerald R. Ford (CVN-78). Todos os outros 10 porta-aviões da US Navy são equipados catapultas a vapor, um sistema que exerce grande estresse às aeronaves e ao navio, além de ocupar mais espaço e necessitar de mais manutenção.
Com maior eficiência e flexibilidade, as catapultas eletromagnéticas podem lançar uma ampla gama de aeronaves, pois sua potência de lançamento pode ser calibrada para drones leves e aviões mais pesados. No caso da China, o Fujian poderá operar o KJ-600 AEW&C, o mais recente caça furtivo J-35 e o caça pesado J-15T.
Ponto negativo
Os porta-aviões chineses, incluindo o novo Fujian, não são movidos a energia nuclear, o que limita a autonomia e o alcance, estimado entre 8.000 (14.800 km) e 10.000 milhas náuticas (18.520 km). Todos os porta-aviões americanos, por sua vez, são movidos a energia nuclear, o que lhes confere um alcance praticamente ilimitado, sem necessidade de paradas para reabastecimento.
De acordo com informações não oficiais, a Marinha Chinesa está trabalhando na construção do seu quatro porta-aviões (preliminarmente conhecido como Type 004), o qual deverá ser equipado com propulsão nuclear. Em setembro, Zhang Junshe, especialista do instituto de pesquisa naval das Forças Armadas, relatou essa informação em uma entrevistas à emissora estatal CCTV.
Menor que os americanos
Com deslocamento a plena carga de mais de 80.000 toneladas, o Fujian ainda é menor se comparado com as 100.000 toneladas dos porta-aviões americanos das classes Nimitz e Ford.
A China não divulgou quantos aviões o porta-aviões Fujian pode transportar, mas especialistas estimam que seja entre 40 e 60. Os americanos têm capacidade para 60 a 70 aviões.
O Fujian possui dois elevadores de aeronaves, contra três do USS Ford, um convés de voo menor e três catapultas, em comparação com as quatro do CVN-78. Com isso, o navio americano deverá lançar aviões mais rapidamente.
A Marinha Americana espera receber o segundo porta-aviões da classe Ford, o USS John F. Kennedy (CVN-79) em 2027 e o terceiro, o USS Enterprise (CVN-80), dois anos após.
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