Alemanha encomenda mais F-35A Lightning II
Alemanha encomenda mais F-35A Lightning II. A Alemanha toma a iniciativa de reforçar sua frota de F-35A ao encomendar mais um lote do caça stealth americano da Lockheed Martin, elevando em 42% a sua encomenda original.
No início deste ano, o F-35 foi criticado por vários países europeus — Alemanha, Suíça e França — que alegaram que o caça furtivo estava equipado com um “interruptor de segurança”. Segundo essas alegações, tal recurso permitiria a desativação de algumas das tecnologias avançadas da aeronave, o que lhe confere uma vantagem significativa sobre os concorrentes. A Lockheed Martin, fabricante, refutou posteriormente essas alegações, que permaneceram sem comprovação pelos formuladores de políticas europeus.
A Alemanha esteve entre os maiores defensores do suposto kill switch do F-35. Paradoxalmente, em 11/07, a Alemanha confirmou que busca adquirir mais 15 caças, além dos 35 já encomendados, elevando sua frota total para 50 unidades. Este desenvolvimento foi noticiado hoje pela revista Military Watch, que observou que o Ministério da Defesa da Alemanha “planeja expandir seus pedidos de caças F-35A de quinta geração de 35 para 50 e está atualmente negociando com os Estados Unidos um contrato subsequente”.
À primeira vista, surge a pergunta: por que um dos críticos mais ferrenhos do F-35 agora buscaria comprar mais unidades? Aqui reside outro paradoxo: a Rússia. A Rússia foi o motivo inicial para Berlim criticar Washington no início deste ano devido ao suposto kill switch, enquanto o recém-eleito presidente dos EUA, Donald Trump, citava a Ucrânia como a causa da guerra. Hoje, a Rússia é mais uma vez o fator determinante — mas com uma abordagem diferente.
Inicialmente, a Alemanha buscou substituir sua antiga aeronave Panavia Tornado IDS, e o F-35 foi a solução escolhida. Os 15 caças adicionais aumentariam as capacidades da Luftwaffe para dissuasão nuclear e ataques convencionais, particularmente no contexto das crescentes ameaças da Rússia após a guerra na Ucrânia e das novas demandas da OTAN por forças de combate maiores.
As negociações com Washington, que ainda não foram confirmadas publicamente, refletem uma abordagem pragmática do Chanceler Friedrich Merz. Apesar de defender a independência da defesa europeia, Merz vê o F-35 como uma solução rápida e confiável para as necessidades imediatas da Alemanha, enquanto alternativas europeias continuam em estágios iniciais de desenvolvimento.
No entanto, a potencial expansão do pedido do F-35 levanta preocupações sobre seu impacto no Future Combat Air System (FCAS), um projeto conjunto da Alemanha, França e Espanha, com o primeiro voo de demonstração não esperado antes de 2028.
O FCAS, que visa desenvolver um caça de sexta geração, é fundamental para a ambição europeia de autonomia estratégica de defesa. No entanto, o projeto tem enfrentado atrasos e tensões, principalmente entre Berlim e Paris, devido a disputas sobre a divisão de trabalho entre a Dassault e a Airbus.
Alguns analistas temem que investimentos adicionais em aeronaves americanas reduzam o apoio financeiro e político ao FCAS, já que a Alemanha pode favorecer a tecnologia comprovada do F-35 em detrimento das incertezas de um projeto que não estará operacional antes de 2040.
No entanto, o governo alemão insiste que o F-35 é uma solução temporária para substituir o Tornado enquanto o FCAS avança, e seu compromisso com o projeto europeu permanece firme.
O Ministério da Defesa alemão (MoD) aprovou a aquisição de 35 aeronaves F-35A da empresa de defesa americana Lockheed Martin. A decisão foi anunciada após a reunião do Comitê de Orçamento do Parlamento alemão em, 14 de dezembro de 2022 por US$8,83 bilhões (€8,3 bilhões).
A Lockheed Martin iniciou oficialmente a produção do primeiro caça F-35A Lightning II para a Força Aérea da Alemanha, ou Luftwaffe. Para celebrar o fato, em 05 de dezembro a fabricante realizou nas suas instalações de Fort Worth, no Texas, a tradicional cerimônia onde representantes da Luftwaffe e do governo alemão assinaram a seção central da fuselagem da primeira aeronave.
Apesar do alto custo e da complexidade, o F-35 Lightning II continua a provar ser um investimento no futuro da aviação militar, equipando pilotos e nações com as ferramentas para enfrentar os desafios do amanhã.
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