Alemanha certifica novas aeronaves para o Open Skies. A Alemanha recebeu uma nova aeronave para participar do programa Opens Skies (Céus Abertos). Conforme informado pela Bundeswehr (Forças Armadas) em seu site oficial, o departamento militar alemão pretende certificar a aeronave Airbus A319 como A319 OH (Offener Himmel – Open Skies).
De acordo com o relatório, a aeronave será certificada até o final do ano, mas a pandemia de coronavírus pode interferir nos planos e, se isso ocorrer, será adiada para uma data posterior. Em 4 de outubro, um porta-voz do Bundeswehr anunciou que a nova aeronave Open Skies estava pronta para cumprir as missões planejadas e que faria seu primeiro voo em breve.
Alemanha passou a ter à sua disposição as aeronaves “mais modernas” para observação no âmbito do tratado de “Céus Abertos”. O Bundeswehr planeja realizar até 20 voos de reconhecimento por ano para suas próprias necessidades. Também não está descartado que o avião seja alugado a “aliados e parceiros” para uso compartilhado ou de curto prazo.
A aeronave está equipada com dispositivos e sensores especiais que lhe permitem realizar as tarefas previstas no contrato. O equipamento exclui sistemas de “espionagem”. Desde que a Rússia se retirou do Tratado de Céus Abertos, o Bundeswehr terá que voar sobre seus aliados, e talvez sobre Belarus, se este também abandonar o tratado, após decisão da Rússia.
Os Estados Unidos também abandonaram o Open Skies em novembro de 2020. A Rússia tentou trabalhar sob as novas condições, mas outros países não podiam garantir que não transmitiriam aos Estados Unidos as informações recebidas durante os voos sobre o território russo. No contexto dessas declarações, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia anunciou, em 15 de janeiro de 2021, o início do procedimento para a retirada da Rússia do Tratado.
Fundado em 1992, o Tratado Open Skies é composto por 35 países, e tem como fundamento a autorizações de voos desarmados sobre os territórios dos signatários, com objetivo de monitorar a movimentação militar e controlar a utilização de armas nucleares.
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