Airbus que renegociar o contrato dos A400M com a Indonésia. Em novembro de 2021, o Ministério da Defesa da Indonésia e a Airbus celebraram o fechamento de um pedido de duas aeronaves de transporte pesado e reabastecimento em voo Airbus A400M para a Tentara Nasional Indonésia — Angkatan Udara, ou Força Aérea da Indonésia (TNI-AU). Menos de um ano depois, a viabilidade deste contrato está risco, face a um aumento de custos.
A informação, divulgada 18 de novembro de 2021 pela Airbus no Dubai Airshow, dava conta que o contrato assinado em 10 de outubro do mesmo ano pelo Governo da Indonésia, faria a TNI-AU receber dois A400M com opção para mais quatro aeronave ao custo de €484 milhões. A época a Indonésia se ternava o 10º cliente do A400M, cuja as entregas seria a partir de 2025.
Em uma compensação indireta do contrato de compra de dois A400M pela Indonésia, a Airbus estava disposta a conceder direitos autônomos do CN235 e transferir o projeto e a autorização de venda do NC212i para a PT Dirgantara Indonesia (PTDI).
Porém, surpreendentemente o conflito entre Rússia à Ucrânia ameaça a viabilidade do contrato. Uma fonte da TNI-AU familiarizada com o contrato, disse a mídia indonésia que Airbus, pediu ao Governo da Indonésia para renegociar o preço acordado no contrato. A razão principal é que a crise provocada pela guerra, encareceu o preço de diversos insumos, em especial o alumínio e o titânio (a Rússia é o principal fornecedor), e que o valor de €484 milhões não cobriria os custos das duas aeronaves. Hoje, 50% do fornecimento de titânio usado pela da Airbus vem da Rússia e os desdobramentos geopolíticos na Europa têm impacto no preço e no fornecimento desse material crítico.
Ainda não está claro como a Indonésia responderá ao pedido da Airbus de renegociar o contrato do A400M. Existem dois cenários possíveis: 1 — a Indonésia por necessidade de ter as aeronaves esteja disposta a renegociar ou 2 — Indonésia se recuse renegociar e o negócio seja desfeito, com base no aumento do valor previamente acordado. Se o segundo cenário ocorrer, certamente implicará no plano de outorga do direito autônomo do CN235 e a transferência do projeto e autorização para a venda do NC212i para a PTDI.
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