Airbus C295: aliado latino-americano da selva ao litoral. A América Latina é caracterizada por países com topografia diversificada, incluindo regiões inacessíveis que podem ser um desafio para o trabalho diário das Forças Armadas e dos serviços de emergência. Ter os meios adequados são, portanto, vitais para o sucesso de qualquer missão.
A aeronave de transporte tático de médio porte Airbus C295 se tornou fundamental para as operações diárias dos países desta região devido à sua versatilidade e confiabilidade em operações nas condições climáticas mais exigentes, se adaptando às diferentes necessidades operacionais. Realiza tarefas de rotina como o transporte de pessoal, cargas ou vigilância costeira, bem como para missões complexas de resposta a acidentes ou catástrofes naturais, como furacões, incêndios e terremotos, que exige busca e salvamento em locais remotos com terrenos de difícil acesso.
Implantação de norte a sul da região
A história do Airbus C295 na América Latina começa na década de 2000, quando surgiu a necessidade de renovar a frota de aeronaves de transporte militar da região. A primeira operadora foi a Força Aérea Brasileira (FAB) em 2005, com um pedido de 12 aeronaves. Se seguiram a Força Aérea Colombiana (FAC) em 2007, com quatro aeronaves, e a Marinha do Chile, com três C295 em configuração de patrulha marítima (MPA). O México aderiu em 2009, com cinco aeronaves para a Força Aérea e duas para a Marinha.
Nos anos seguintes a Colômbia e o Brasil compraram aeronaves adicionais, com este último adquirindo suas três aeronaves em configuração SAR. O operador regional de C295 mais recente é o Equador, com uma frota atual de três aeronaves compradas para a Força Aérea em 2015.
Com 41 aeronaves de seis operadores em cinco países, a frota da América Latina de C295 já voou mais de 200 mil horas, demonstrando o papel fundamental dea aeronave na região. Em sua evolução natural, o C295 incorporou winglets, que melhoram o seu desempenho e reduzem o consumo de combustível, e a modernização da aviônica com telas sensíveis ao toque, acopanhando as necessidades presentes e futuras.
O sucesso do C295 na América Latina não pode ser entendido sem olhar para os seus antecessores, o C212 e o CN235, duas aeronaves de transporte e vigilância que foram, e continuam a ser, essenciais para as diferentes frotas nacionais. Desde a década de 1970, um total de 91 aeronaves C212 e 24 CN235 cruzaram os céus da América Latina e, hoje, mais de 110 aeronaves militares Airbus Defence and Space estão operando na região.
Transporte tático com rápida adaptação ao ambiente local
O Airbus C295 em configuração básica de transporte – a mais comum na região – é uma aeronave multifuncional capaz de operar em todos os tipos de terreno e altas temperaturas, mas com uma característica única: sua reconfiguração rápida. A capacidade de dois mecânicos mudarem sua configuração interna em menos de uma hora permite que o C295 apoie rapidamente operações de evacuação aeromédica, ajuda humanitária, resgate humatário ou combate a incêndios.
Em Outubro de 2023, o furacão Otis devastou Acapulco e as comunidades mexicanas vizinhas no estado de Guerrero, deixando áreas isoladas sem ajuda de emergência. Os C295 da Força Aérea Mexicana e da Marinha Mexicana atuaram como ponte aérea para levar ajuda humanitária às áreas mais afetadas.
Em junho de 2023, um C295 da Força Aérea Colombiana atuou como ambulância aérea durante a Operação Esperanza para evacuar as quatro crianças desaparecidas há 40 dias na selva colombiana e transportá-las para um hospital em Bogotá. O piloto pousou com óculos de visão noturna em uma pista de terra.
Outros casos de operações de transporte e evacuação do C295 nos últimos anos foram: o terremoto no Equador em 2016; O furacão Odile na Baixa Califórnia em 2014 e o terremoto no Haiti em 2010, que foram apoiados por operadores mexicanos, brasileiros e equatorianos.
Diferentes versões para diferentes missões
Além da versão de transporte, que tem conseguido cobrir essas missões importantes na América Latina, o C295 possui outras versões, como patrulha marítima (MPA) e busca e salvamento (SAR), que são operadas respectivamente pelo Chile e pelo Brasil.
A versão MPA é capaz de detectar e monitorar submarinos graças às suas sonobóias e ao Detector de Anomalias Magnéticas (MAD), mas também pode ser fundamental no combate a incêndios – outra tarefa importante na região. Nestes casos, o C295 MPA pode atuar como aeronave guia ou, como a aeronave chilena já demonstrou graças às suas câmeras ópticas e infravermelhas, também é capaz de detectar e monitorar diversos focos de incêndio em fase muito inicial.
A versão de busca e salvamento (SAR) é essencial para países como o Brasil, que o utiliza para monitorar navios, detectar derramamentos de óleo ou para operações de resgate no mar.
Para otimizar a disponibilidade da frota, a Airbus disponibiliza aos operadores regionais Serviços para cobrir todas as necessidades de suporte, desde o fornecimento de materiais e peças sobressalentes até formação e técnicos, dependendo das necessidades de cada operador.
Em escala global, o Airbus C295 atingiu a marca de 300 pedidos em 2024 com mais de 80% de participação de mercado; um líder mundial para enfrentar os desafios operacionais atuais e futuros.
Fonte: Airbus
@FFO