Airbus A320 ATRA voou com modificações para testes do novo radar dos caças Eurofighter Typhoon
Airbus A320 ATRA voou com modificações para testes do novo radar dos caças Eurofighter Typhoon. A Airbus conduziu o primeiro voo da seu A320 ATRA (Advanced Technology Research Aircraft) modificado para testar o futuro radar de varredura eletrônica ativa AESA-MK1 que equipará os caças Eurofigther Typhoon. O A320 ATRA modificado voou dia 21 de janeiro a partir do Centro Aeroespacial Alemão (DLR) em Braunschweig, na Alemanha.
Fabricado originalmente em 1997 para a companhia aérea alemã Aero Lloyd, ao longo da sua vida este A320-200 (número de construção 659), passou por diversas outras empresas transportando passageiros até 2010, quando foi comprado pelo DLR e convertido como plataforma de testes em voo e matriculado D-ATRA.
Externamente, a aeronave recebeu o nariz de um caça Typhoon que abriga o novo radar de varredura eletrônica ativa AESA-MK1. Engenheiros e técnicos da Airbus Defence and Space (divisão militar) e Airbus Commercial Aircraft (divisão comercial) trabalharam em conjunto para projetar a nova seção frontal do A320, que recebeu reforços estruturais e foi certificada para voos de testes de longa duração.
Com a seção do nariz integrada, será iniciada a instalação de inúmeros equipamentos e sensores a bordo do A320 ATRA, incluindo um equipamento especial de testes de aviônicos específico para o Eurofighter Typhoon, bem como seus sistemas de refrigeração e conexões elétricas.
O novo radar de varredura eletrônica ativa AESA-MK1 deverá melhorar o desempenho e capacidades operacionais dos caças Eurofighter Typhoon em missões de combate aéreo, ataque ao solo e guerra eletrônica. O AESA-MK1 deverão ser integrados às versões mais recentes do Eurofighter Typhoon, o que inclui os espanhóis “Halcón I” e os alemães “Quadriga”.
De acordo com Thomas Hirsch, gerente de projeto do radar Airbus E-Scan, o A320 foi escolhido como plataforma de testes, em vez de um caça Eurofighter, porque o “o A320 ATRA pode permanecer no ar por mais tempo e requer um processo de autorização mais simplificado que o caça Eurofighter.”
Com amplo espaço interno que permite acomodar inúmeros técnicos e grande quantidade de instrumentos, equipamentos e sistemas, o A320 também tem uma grande autonomia, o que permite voos de longa duração para testes mais abrangentes em ambiente real. Esses recursos ajudarão a acelerar o cronograma de desenvolvimento do radar.
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