

AFGCS recomenda substituir um dos pilotos por um Oficial de Sistemas de Armas no B-21A. O chefe do Air Force Global Strike Command (AFGSC) da USAF recomendou a troca de um dos pilotos por um oficial de sistemas de armas (WSO — Weapon Systems Officer) na cabine do bombardeiro Northrop Grumman B-21A Raider.
A proposta, se adotada pelo quartel-general da USAF, alteraria a composição da tripulação nos bombardeiros de dois lugares, deixando a bordo somente um oficial com habilitação de piloto em momentos em que as missões de bombardeio podem durar 36 horas ou mais, com múltiplos reabastecimentos em voo. Missões como a Operação Midnight Hammer, que atingiu as instalações de armas nucleares do Irã em junho, duraram 37 horas.
“O Comando de Ataque Global da Força Aérea apresentou sua recomendação ao Quartel-General em relação à composição da tripulação do B-21. Esse documento é preliminar à decisão final. Nenhuma decisão foi tomada”, disse o Tenente-General Scott Pleus, vice-chefe de gabinete interino.
A Força Aérea não divulgou um prazo para tomar a decisão. O General Thomas Bussiere, que deixará o cargo de chefe do AFGSC em 4 de novembro, apresentou a recomendação há mais de dois meses, afirmando que a natureza da missão do B-21 no futuro exige a presença de um WSO na cabine de comando de dois lugares.
“Liberar todo o potencial do Raider exige uma combinação complexa de habilidades: pilotagem, armamento, operações no espectro eletromagnético, gerenciamento de sensores, gerenciamento de batalha em tempo real e replanejamento ágil em combate”, escreveu Bussiere no memorando de 15 de agosto, endereçado aos gabinetes do secretário da Força Aérea, do chefe do Estado-Maior e do comandante do Comando Estratégico dos EUA. “Por esse motivo, o B-21 terá uma tripulação composta por um piloto e um oficial de sistemas de armas”, escreveu Bussiere.
O memorando não parecia ter sido formulado como uma recomendação política, mas sim como uma declaração da decisão final do comando operacional para o B-21. No entanto, a liderança da Força Aérea, que mudou desde 15 de agosto com a confirmação do General Kenneth Wilsbach como chefe do Estado-Maior em 30 de outubro, continua avaliando opções para a composição final da tripulação do B-21.
No passado, a comunidade de bombardeiros da USAF relutava em depender de um único oficial habilitado para pilotar missões. Os dois assentos na cabine de comando do Northrop B-2 são ocupados exclusivamente por pilotos. O Boeing B-52H e o Rockwell International B-1B incluem pelo menos dois Oficiais de Sistemas de Armas (WSO), além dos dois pilotos, mas os WSO ficam sentados abaixo da cabine no primeiro e atrás dos pilotos no caso do segundo.
A abordagem proposta por Bussiere segue a filosofia de cabine de aeronaves táticas, como o F-15E, onde os WSO são treinados para pilotar a aeronave em emergências, enquanto passam o restante do tempo focados na operação dos sistemas de missão da aeronave. Em uma aeronave biposto como o B-21, o WSO também provavelmente seria treinado para pilotar a aeronave em determinados cenários.
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