Aeronaves chinesas invadem o espaço aéreo de Taiwan. Segundo informações da agência de notícias de Taipei, no dia 12 de agosto sete aeronaves militares chinesas, incluindo caças J-16, entraram na zona de identificação de defesa aérea do sudoeste de Taiwan (ADIZ – Air Defense Identification Zone), com intuito de testar e coletar dados eletrônicos das defesas de Taiwan, também conhecido como República da China (ROC), um país dissidente da República Popular da China considera com parte do seu território.
De acordo com um relatório do Ministério da Defesa Nacional de Taiwan (MND), as aeronaves chinesas envolvidas incluíam uma aeronave de guerra eletrônica Shaanxi Y-8EW, uma aeronave de inteligência de sinais Shaanxi Y-8JB ELINT, uma aeronave de guerra antissubmarina Shaanxi Y-8Q, que foram escoltados por quatro caças Shenyang J-16da Chinese People’s Liberation Army Air Force (PLAAF).
A Republic of China Air Force (ROCAF) respondeu enviando aviões para monitorar as aeronaves chinesas, emitindo avisos de rádio e mobilizando diversos meios de defesa aérea até que os aviões chineses deixassem a área, informou o MND. Todas as aeronaves foram localizadas no espaço aéreo a sudoeste de Taiwan, entre Taiwan e as Dongsha.
Embora tenha se tornado uma rotina aviões de guerra chineses voar sobre o ADIZ de Taiwan nos últimos dois anos, essas surtidas só haviam ocorrido em três dias neste mês de agosto, nos dias 8, 11 e 12 de agosto, de acordo com os registros do MND. As manobras chinesas do dia 12 ocorreram após relatos não confirmados de que a fragata francesa FS Provence foi localizada pelo MarineTraffic, um site de rastreamento de navios, navegando em águas próximas ao condado de Changhua, no oeste de Taiwan. Isto provavelmente foi visto como uma provocação por parte de Pequim, que considera Taiwan como parte de seu território.
As surtidas chinesas anteriores também aconteceram dois dias depois de Taiwan elogiar a Lituânia por desafiar Pequim no estabelecimento de um “Escritório de Representação de Taiwan” na Lituânia.
A China, que vê o escritório como um ato de implica em sua soberania e anunciou que decidiu destituir seu embaixador na Lituânia e exigiu que a Lituânia fizesse o mesmo devido à disputa em torno do escritório de Taiwan.
Em resposta à ação de Pequim, o Ministério das Relações Exteriores da Lituânia disse que está “determinado a buscar laços mutuamente benéficos com Taiwan, como muitos outros países da União Europeia e do resto do mundo fazem”, de acordo com o princípio de Uma China.
@CAS