Uma aeronave Shaanxi KQ-200 (Y-8Q) de patrulha marítima e guerra anti-submarina (MPA/ASW), da Marinha Chinesa (PLAN – People’s Liberation Army Navy), recentemente realizou um exercício de fogo real, usando um tipo de armamento de profundidade autoguiado de lançamento aéreo. A informação surgiu em um relatório publicado no dia 03 de dezembro no jornal chinês PLA Daily.
A forma e a descrição do artefato sugere semelhanças com as bombas guiadas de profundidade russas do tipo S3V Zagon. Quando lançada contra alvos subaquáticos, a bomba desce no paraquedas, afundando na água, ao mesmo tempo é direcionada para o alvo pela localização do sonar ativo, guiada por um sistema acústico ativo e instalado no nariz. A Zagon pode ser guiadas até o objetivo se forem lançadas a cerca de 450 metros de distância do alvo submerso.
A Zagon-2 é uma arma silenciosa, carrega uma ogiva de 35 kg, quantidade suficiente para romper o casco de uma série de modelos de submarinos. A bomba possui um mecanismo de autodestruição, ativado automaticamente se o alvo não for detectado dentro de um período de tempo especificado.
Especialistas chineses na área de defesa relataram que é rara a divulgação de imagens mostrando os quadrimotores KQ-200 em operação de ataque, tendo em vista que a sua missão básica divulgada oficialmente seria a detecção de submarinos.
O quadrimotor Shaanxi KQ-200 (Y-8Q) é uma aeronave de patrulha marítima e guerra anti-submarina (MPA), baseada no cargueiro Shaanxi Y-8, um projeto chinês originado no clássico soviético Antonov An-12. Está equipado com radar de busca de superfície sob o nariz, sensores eletro-ópticos na parte inferior da fuselagem, e um detector de anomalia magnética (MAD) na cauda. Possui quatro aberturas de lançamento de sonobóias, e um grande compartimento para o transporte cargas, bombas de profundidade e torpedos anti-submarino. Nos últimos anos a N anti-submarina, juntou-se à Marinha do PLA em grande número nos últimos anos.
O Ministério da Defesa de Taiwan tem informado que os KQ-200/Y-8Q MPA/ASW da marinha chinesa estão frequentemente invadindo o seu espaço aéreo, demonstrando o aumento da atividade militar próximo ao seu território, seguramente com o propósito de externar a superioridade militar de Pequim na região.
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