Depois de 44 anos, a Força Aérea Argentina (FAA) retirou oficialmente do serviço operacional no dia 4 de outubro, na Base Aérea Reconquista, o veterano de guerra FMA IA-58 Pucará, expressão do termo quéchua – língua indígena falada na Bolívia, Argentina, Peru, Colômbia e Equador, que significa Fortaleza. Desenvolvido a partir de 1966 como uma aeronave de ataque, treinamento e de contrainsurgência (COIN), o protótipo (AX-2) voou pela primeira vez em 20 de agosto de 1969, entrando em serviço na FAA em maio de 1975. Participou ativamente da Guerra das Malvinas em 1982. Além da Argentina, Colômbia, Uruguai e Siri Lanka empregaram o IA-58, que teve 110 unidades construídas. Após a Guerra da Malvinas, a falta de suprimento (vários eram de origem inglesa) e principalmente problemas com os motores franceses (Turbomeca Astazou XVI-G) passaram a comprometer a operacionalidade. Uma versão IA-58H com novos motores turboélices PT-6 chegou a ser oferecida em 2010 pela FAdeA – sucessora da FMA, em mais de uma oportunidade à FAA, inclusive com a remotorização de uma aeronave. Porém o projeto não foi levado adiante, sendo cancelado em 2015.
Em 2019 surgiu um plano da FAdeA de modernizar 20 unidades e configurá-las para missões de inteligência e vigilância (ISR). Não foi tomada nenhuma decisão oficial sobre isto, mas se for adiante o projeto, será o renascimento do Pucará, que parece não querer de fato sair de cena.