Ações da Embraer estão em alta no Ibovespa. Na semana passada (14/03) a Embraer teve uma boa notícia com o aumento de suas ações na bolsa de valores brasileira (Ibovespa). O aumento de 7,5% é fruto de um relatório do banco americano de investimentos MS (Morgan Stanley) elegeu a companhia brasileira a principal escolha no setor aéreo global.
Isto passou o preço-alvo das ADR (Recibos Depositários Americanos) de US$ 19 para US$ 40. No mercado americano, os recibos da brasileira também se valorizavam acima de 7% no início da tarde do memso dia.
Os analistas do MS defendem que após um período de fortes investimentos, a Embraer está pronta para entrar na época de colheita. “Nós enxergamos a Embraer como um terceiro player aeroespacial comercial à altura da situação e forçando a entrada no duopólio da Boeing e da Airbus”, resumiu Kristine Liwag e equipe.
Conforme o relatório, a companhia brasileira passou de uma fabricante de aviões de nicho para uma empresa “diversificada e globalmente proeminente pronta para ganhar participação de mercado”. O documento também destaca como possíveis catalisadores do resultado da Embraer um potencial acordo de compensação com a Boeing pela desistência da americana do acordo de compra; o retorno do pagamento de dividendos a partir do próximo ano; e o aumento nas encomendas das aeronaves E190-E2/E195-E2 e KC-390 Millenium.
Os analistas destacam a encomenda de 90 aeronaves E175 pela American Airlines, com direito de compra a outras 43 unidades extras, como um pedido que deve promover estabilidade financeira para a empresa até 2026, o que auxiliaria a brasileira a competir diretamente com a Airbus e Boeing.
Para 2024, os analistas preveem receita total de US$ 6,3 bilhões, com Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) de US$ 702 milhões e lucro por ação de US$ 1,38.
Na prática a Embraer tem boas chances de colocar o KC-390 em novos mercados e em especial no Oriente Médio. Outro ponto é o contrato para o A-29M para a FAB, que significaria além de modernizar 67 unidades, abrir um novo mercado, com um modelo mais refinado no Super Tucano. Afora isto, a crise de confiabilidade da Boeing, é sem dúvida uma janela aberta para que a frota de E-2 ocupe um espaço que o 737 MAX está deixando, devido à sequência de problemas. Isto sem falar dos veículos aéreos elétricos, outra faixa que a Embraer esta avançando rápido.
Fonte> Antagonista/Ibovespa.
@CAS