Acidente com Hermes Q900 da Força Aérea Chilena. Um drone Hermes Q900 da Força Aérea Chilena (FACH), sofreu um acidente na última sexta-feira (10/02), durante missão de monitoração de focos de incêndios florestais. A aeronave não tripulada (UAV), matrícula 605, operada pelo Grupo de Aviação Nº 2, fez um pouso não programado na margem do rio Cautín, região de Araucanía, sul do país.
Uma equipe técnica da FACH foi deslocada em um helicóptero Bell 412 até o local da queda, para isolar a área e iniciar a recuperação da aeronave danificada. Ninguém foi ferido no incidente.
De acordo com a FACH, os Hermes 900 do Grupo de Aviação Nº 2, da 1ª Brigada Aérea, estão operando em apoio a Corporação Nacional Florestal (CONAF), capturando imagens que auxiliam em tempo real a tomada de decisões das equipes de bombeiros que combatem aos incêndios florestais que assolam o país.
Fabricados pela israelense Elbit Systems, o Hermes Q900 é UAV de vigilância e monitoração aérea para operações em Média Altitude e Longo Alcance (MALE – Medium Altitude Long Endurance). Equipado com um motor Rotax 914 (115 cv), ele pode chegar a uma velocidade máxima de 220 km/h, voando a uma altitude de até 30 mil pés (cerca de 9 mil metros) por 36 horas ininterruptas.
Operado através de link de dados criptografado e comunicação “além da linha de visão” (BLOS), o Hermes Q900 pode realizar missões de forma independente ou integrada a sensores baseados em instalações terrestres ou embarcações. Equipados com câmeras de vigilâncias e monitoração diurnas e noturnas, sensores lasers, ele pode realizar missões táticas, de inteligência e apoio humanitário, como foi o caso da aeronave acidentada.
Em 2011 o governo chileno fechou um contrato com a Elbit Systems para a aquisição de três Hermes Q900, se tornando o primeiro cliente internacional da aeronave. As aeronaves receberam as matrículas 603, 604 e 605, e fora reunidas no Grupo de Aviação Nº 2 da 1ª Brigada Aérea em Iquique.
A estréia operacional dos drones da FACH ocorreu em 2014, em missões de de apoio aos socorristas após o terremoto de Iquique, e no ano seguinte nas enchentes do Atacama. Em 2017 sua participação foi vital nos incêndios florestais nas regiões de O’Higgins, Maule e Biobío.
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