A400M da AAE lança flares ao decolar de Cabul. As evacuações a partir do aeroporto de Cabul, no Afeganistão, foram retomadas no sábado – 21 de agosto, depois que o excesso de voos de refugiados causaram uma pausa de cerca de 8 horas no dia anterior. Quase uma semana após a queda do governo e a volta do Talibã, a situação de insegurança e incertezas no país só cresceram, com protestos sendo repelidos violentamente por paramilitares do Talibã, o que só tem gerado mais êxodo.
O novo governo já anunciou que o Afeganistão não será uma democracia, sendo regido a partir de agora pela Sharia, a interpretação radical do Alcorão. O clima é de tensão, especialmente em Cabul, com diversas pessoas querendo fugir do país. O aeroporto se tornou o epicentro desta tensão, com diversos incidentes, mortes e atos de desespero. Tiros, assassinatos e diversos atos de violência, alguns promovidos por pessoas alheias ao Talibã, tem acontecido. Diante deste clima, toda prevenção é pouca, a medida que a cada dia o Talibã promete fechar o país, impedindo a saída de cidadão estrangeiros e afegãos.
Um exemplo de prevenção foi visto em um vídeo publicado nas redes sociais ontem, feito pela ITV da Turquia, mostrando um Airbus A400M Altas do Armée de l’Air et de l’Espace (AAE) decolando de Cabul e para a Base Aérea Al Dhafra (OMAM), em Abu Dhabi, disparando flares, logo após decolar. Muito provavelmente, o A400M AAE 0010/F-RBAC do ET01.061 usou este recurso como medida de prevenção, caso fosse alvo de mísseis infravermelhos, como os disparados por sistemas Man-Portable Air-Defense Systems (MANPADS). Não se descarta que o uso dos flares pelo Atlas foi fruto de alguma informação de inteligência avisando da possiblidade de haver mísseis IR ao redor do aeroporto.
Muitas aeronaves militares estrangeiras estão operado na capital do Afeganistão e o aeroporto de Cabul – Hamid Karzai International Airport, é considerado hoje uma “área quente” e operacionalmente perigoso, onde não se descarta o eventual ataque a aeronaves durante pouso, decolagem ou memos no solo, a medida que o país embarca em um radicalismos absoluto.
@CAS