A Mitsubishi Heavy Industries (MHI) foi designada como a principal contratada para o programa FX japonês, que visa escolher o novo caça da JASDF ou Japan Air Self-Defense Force, confirmou o Ministério da Defesa japonês no dia 30 de outubro. O MD Japonês acrescentou que um parceiro estrangeiro deve ser anunciado em breve, para fornecer algumas soluções técnicas, em particular a tecnologia stealth. Este parceiro será selecionado até o final deste ano e deverá ser a Lockheed Martin. Porém, apesar da parceria, a aeronave será produzida por apenas uma empresa (single prime), no caso a MHI.
De certa foma, esta informação não é uma surpresa, pois a Mitsubishi é a única fábrica de aviões do Japão capaz de produzir aeronaves a reação supersônicas. Ela fabricou o treinador de combate japonês Mitsubishi F-1 e o F-2, que é baseado no Lockheed Martin F-16C. A empresa também opera a linha de montagem final do F-35 japonês.
Em breve, os primeiros fundos para pesquisa e desenvolvimento deverão ser transferidos para a MHI. Para 2021, o Ministério da Defesa japonês prevê US$ 555,8 milhões para desenvolver a aeronave e mais US$ 113,6 milhões para o trabalho integração do armamento.
Apesar do alto avanço técnico e de uma forte economia, a indústria japonesa terá muito trabalho e precisará desenvolver um novo motor, um radar AESA e desenvolver tecnologias stealth. No entanto, algumas experiências foram adquiridas nós últimos anos, vindas do demonstrador ATD-X, que entre 2016-2018 realizou uma série de testes. A MHI também já revelou a silhueta do novo caça neste ano, que terá uma aparência similar ao Northrop YF-23.
O FX japonês deve começar a ter a sua fuselagem e os motores construídos no final de março de 2021 e a construção do primeiro protótipo em 2024. Ele deve voar em 2028. Sua entrada em serviço na JASDF está prevista para 2035. Tudo deverá ser feito na planta da MHI localizada em Nagoya, que hoje é usada para linha de montagem do F-35.
Hoje o Japão não se preocupado diretamente com os custos, mas com a maximização da independência industrial e tecnológica. Na atual situação geopolítica do Extremo Oriente, isso não é surpreendente, mas sim uma postura de autoproteção.
@CAS