Com um orçamento de Defesa de mais de US$ 10 bilhões, a Força Aérea do Iraque (IqAF) é considerada a menos poderosa e capaz na região do Oriente Médio, para um país com despesas militares nesta faixa. A informação é da revista americana Military Watch, em recente notícia publicada no seu site.
No último dia 06 de janeiro as Forças Armadas Iraquianas realizaram um grande desfile para comemorar os seus 100 anos. Durante a parada militar, a IqAF realizou um sobrevoo com diversas aeronaves, entre elas 23 caças Lockheed Martin F-16IQ. Conforme informações, metade dos aviões que desfilaram não estariam aptos para o combate, carecendo de radares, aviônicos, sistemas de autoproteção, entre outros componentes operacionais para operar armados.
Atualmente a frota da IqAF estaria composta por 34 Lockheed Martin F-16IQ (27 F-16C Block 52 monoplace e 7 F-16D Block 52 biplace), 25 jatos leves coreanos treinamento e combate KAI T-50IQ, além de cerca de 24 aeronaves de ataque ao solo russo Sukhoi Su-25U/UBK.
O Lockheed Martin F-16IQ tem a sua capacidade de combate e operacional muito contestada, principalmente, quanto ao aspecto das suas taxas de prontidão. Essas aeronaves foram recebidas entre 2014 e 2017 e, conforme a Military Watch, possivelmente influenciadas pela forte pressão política americana, pós-ocupação de Bagdá.
A versão F-16IQ foi desenvolvida especificamente para a IQAF – a partir do F-16C Fighting Falcon, sendo um caça de4a geração com o menor poder de combate aéreo no Oriente Médio. Eles são equipados com mísseis defasados AIM-7 Sparrow de médio alcance (BVR), e AIM-9L/M Sidewinder para combate aproximado (WVR). Os F-16QI é a única variante moderna do Falcon que não está equipadas com mísseis de combate BVR AIM-120C AMRAAM.
O Sparrow que equipa os F-16IQ, possui orientação por radar semiativos e não tem contramedidas de guerra eletrônica de necessária contra ameaças de longo alcance que equipam os modernos aviões de combatem missões de defesa aérea. Por sua vez, o o AIM-9L/M tem limitado desempenho e capacidade de combate de curto alcance, em comparação com a versão atual AMI-9X, ou dos russos R-73, usados pelos vizinhos Irã e Síria.
Além dos armamentos, os F-16IQ iraquianos não foram equipados com modernos aviônicos, ou sistemas de guerra eletrônica, portanto, menos capacidades que as versões mais atualizadas do próprio F-16 na região, como os F-16C/D/I da IAF e F-16EF dos EUAEF. A decisão de limitar a capacidade de combate das aeronaves, teve a influência israelense, segundo a revista.
Os F-16IQ iraquianos estão com alto índice de acidentes e incidentes junto com baixa disponibilidade, por conta dos elevados requisitos de manutenção e da falta de suprimento. Desta forma, segundo a revista americana, a I1AF estaria canibalizando algumas unidades para manter parte da frota operacional, ou melhor, em condições de voo.
A baixa disponibilidade operacional dos F-16IQ no ano passado, aliada a falta de tripulantes e pessoal de apoio treinados, forçou com que a IqAF mantivesse os KAI T-50 como os únicos caças na primeira linha da defesa aérea do país. Com isso, os oficiais iraquianos mostram desejo de investir em equipamentos russos para a defesa aérea do país, com os caças de quinta geração Su-57, além dos sistemas de defesa antiaérea S-400. Algo que iria gerar mais uma disputa política na região pelo controle entre EUA e Rússia.
@FFO