

A Armênia suspende as negociações para a compra do Tejas Mk.1A após o acidente em Dubai. A Armênia suspendeu as negociações em andamento para adquirir o Tejas Mk.1A após o devastador acidente no Dubai Airshow de 2025
Os esforços da Índia para posicionar o caça leve de combate (LCA) da Hindustan Aeronautics Limited Tejas Mk.1A, como um caça de exportação globalmente competitivo, sofreu um duro golpe, após o acidente no Dubai Air Show 2025, ocorrido no último dia 21 de novembro. Seu cliente com maior potencial de concretização da primeira venda estrangeira, a Armênia, paralisou as negociações.
O acidente, que vitimou o piloto da Força Aérea Indiana (IAF), o líder de esquadrão Namansh Syal, ocorreu durante uma exibição acrobática de grande visibilidade em 21 de novembro, em um dos eventos de aviação mais prestigiados do mundo. O piloto de 34 anos, um experiente piloto de testes da Força Aérea Indiana (IAF) com mais de 2.000 horas de voo, morreu instantaneamente.
O acidente fatal ocorreu quando o Tejas Mk.1A IAF LA-5026 realizava uma manobra acrobática a baixa altura. Ele entrou em uma manobra de gravidade negativa envolvendo um rolamento invertido ou uma curva fechada em baixa altitude, abaixo de 500 pés. Testemunhas oculares observaram a aeronave perder repentinamente a estabilidade aerodinâmica e inclinar-se para baixo em uma descida irrecuperável antes de explodir com o impacto contra o solo.
O momento não poderia ter sido mais prejudicial para a Índia: a HAL e o Ministério da Defesa vinham promovendo intensamente o Tejas como uma aeronave multifuncional de geração 4.5 com boa relação custo-benefício, destinada a forças aéreas emergentes que buscam caças modernos e acessíveis.

O acontecimento causou grande impacto na comunidade internacional de defesa, especialmente porque a Força Aérea da Armênia era vista como uma operadora futura do Tejas.
A Armênia estava considerando adquirir até 20 caças Tejas Mk.1A, um negócio que poderia chegar a US$ 1,2 bilhão e que figuraria entre as principais exportações de caças da Índia até então. Fontes familiarizadas com o assunto afirmam que a suspensão das operações começou logo após a virilização das imagens do acidente na internet, levando os planejadores de defesa armênios a reavaliarem se o Tejas atendia aos seus rigorosos requisitos operacionais e de sobrevivência.
Enquanto a investigação continua, as especulações preliminares se concentram em possíveis anomalias no sistema fly-by-wire, uma falha na superfície de controle ou estol aerodinâmico inerente a caças de asa delta durante manobras extremas em baixa altitude. Analistas alertam que o piloto pode ter excedido os limites de segurança da aeronave, embora somente uma investigação e análise minuciosas do gravador de dados de voo (FDR) e do gravador de voz da cabine (CVR) possam determinar a causa definitiva.
O Dubai Airshow foi retomado somente duas horas após o acidente, o que gerou críticas de especialistas em segurança da aviação, que argumentaram que os procedimentos padrão exigem uma suspensão temporária após acidentes fatais em demonstrações.
O momento do acidente foi especialmente delicado para a Armênia, que vem modernizando urgentemente sua força aérea após a derrota no conflito de Nagorno Karabakh em 2020. O governo em Yerevan enfrenta um cenário de ameaças em rápida evolução, moldado pelo grande investimento do Azerbaijão em veículos aéreos não tripulados (UCAV) de fabricação turca, munições de ataque israelenses, armas guiadas de precisão e drones de inteligência, vigilância e reconhecimento (ISR) persistentes.
A frota aérea da Armênia, composta por antigos Su-25 da era soviética e somente 4 novos Su-30SM, foi considerada insuficiente contra a doutrina do Azerbaijão centrada em drones. Yerevan demonstrou forte interesse no Tejas Mk.1A devido ao seu perfil versátil e flexível, custo relativamente baixo e à disposição da Índia em personalizar a plataforma com sistemas de guerra eletrônica aprimorados e otimizados para operações antidrone.

Acredita-se agora que Yerevan esteja reavaliando as seguintes alternativas:
Caso a Armênia cancele a negociação com a Índia pelo Tejas, isso representará o segundo grande revés para as exportações do programa nos últimos anos, após relatos de que a Argentina abandonou sua avaliação do Tejas. A suspensão levanta ainda mais preocupações para o ecossistema de exportação de defesa de Nova Déli. O governo indiano estabeleceu uma meta de US$ 5 bilhões em exportações anuais de defesa até 2025, um objetivo que depende fortemente do sucesso de plataformas emblemáticas como o Tejas.
O programa Tejas, concebido na década de 1980 para substituir os MiG-21 da Índia, sofreu décadas de atrasos, reformulações e obstáculos técnicos. Embora a variante Mk.1A incorpore melhorias significativas — como o radar AESA Uttam de fabricação nacional, sistemas modernos de guerra eletrônica, aviônicos atualizados e maior facilidade de manutenção — ela continua dependente de sistemas importados, como o motor GE F404, cujos problemas na cadeia de suprimentos têm repetidamente atrasado a produção.
Apesar de campanhas de marketing ativas no Sudeste Asiático, África, América Latina e Oriente Médio, o Tejas ainda não garantiu um grande pedido de exportação. Plataformas concorrentes, como o FA-50, o Gripen C/D e o JF-17 sino-paquistanês, se beneficiam de maiores volumes de produção, um histórico comprovado em combate e sistemas de manutenção mais maduros.
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