A-29 da FACH armado com mísseis AGM-65 Maverick. Pela primeira vez surgiu uma imagem de um dos seus 22 A-29B da Força Aérea do Chile (FACH) armado com um míssil ar-superfície Raytheon AGM-65 Maverick, o que faria do Chile o primeiro país conhecido a ter integrado este míssil ao Embraer Super Tucano.
A imagem foi divulgada pela FACH em suas redes sociais, durante uma cerimônia militar alusiva aos seus 92 anos de criação, realizada em 21 de março, na Base Aérea de Cerro Moreno, em Antofagasta.
Em uma das fotos do desfile militar, um dos Embraer EMB-314 Super Tucano do Grupo de Aviación Nº1 (aparentemente o FACH 457 ou FACH 467), com sede na Base Aérea Los Condores, em Iquique/Diego Aracena (SCDA), pôde ser visto ao fundo, na linha de voo, equipado com um par de mísseis Raytheon AGM-65.
Não são conhecidas integrações, ao menos em nível operacional, do AGM-65 no EMB-314. Mísseis ar-superfície constavam no leque opções para o programa Armed Overwatch do Air Force Special Operations Command (AFSOC) em 2020, que na prática é uma continuidade do projeto de aeronave de ataque leve (LAS = Light Attack Aircraft) da USAF, no qual o A-29 e o AT-6 Wolverine competem. Entre as opções estava o AGM-65, que não há informações oficiais se de fato ele foi integrado ao A-29. Porém, afora isto, não são conhecidas outras iniciativas de integrar o Maverick no Super Tucano.
Provavelmente a FACH tenha sido integrado localmente o AGM-65, uma vez que este míssil faz parte do leque de armamento dos Northrop F-5E Tigre III e Lockheed Martin F-16AM/BM/C/D Fighting Falcon. O Chile é o único operador de Super Tucano que tem o AGM-65 no seu inventário.
Se for confirmado, os Super Tucanos do GA N°1 da FACH passariam a ter a capacidade de atacar alvos terrestres a grandes distâncias, já que o Maverick tem um alcance entre 15 e 24 quilômetros. A FACH emprega as versões AGM-65F/G com orientação infravermelho. Na imagem é visível que os dois Maverick presos a um trilho lançador e postados nas estações in board do A-29 são inertes.
Vale lembrar que os A-29 chilenos empregam bombas tipo Paveway II (GBU-12), como seu armamento inteligente. Esta bomba guiada a laser e baseada nas bombas convencionais Mk.82, já são amplamente empregadas e testadas pelos demais operadores de A-29, tendo sido usadas na Colômbia e Afeganistão em situações reais.
Porém, no tocante ao AGM-65, não se conhece campanha de integração e homologação no Chile ou em outro lugar, e, sendo assim, é difícil dizer se este míssil – famoso por ser usado contra alvos terrestres, especialmente pelos A-10 Warthog em diversos conflitos, está apto a ser usado pelos A-29 do GA Nº 1 da FACH.
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