A-10C e F-15E da USAF chegam ao Oriente Médio de olho em Gaza. Os EUA fizeram nesta semana vários movimentos em apoio a Israel, após o ataque do Hamas em 7/10. Além de enviar dois porta-aviões — USS Geral R Ford (CVN-78) e o USS Dwight D. Eisenhower (CVN-69), aeronaves A-10C e F-15E já chegaram a região.
O envio de aeronaves e a manutenção de outras na região é mais um movimento do Pentágono para evitar que a guerra entre Israel e o Hamas desencadeie para um conflito regional.
Os aviões de ataque Republic A-10C Warthog do 354th Fighter Squadron (354th FS) da Davis-Mounthan AFB chegaram ao Médio Oriente na quinta-feira, 12/10. Já os Boeing F-15E Strike Eagle do 494th Expeditionary Fighter Squadron (494th EFS) sediados na RAF Lakenheath, Inglaterra, chegaram ao teatro de operações na sexta-feira, 13/10.
Espera-se que mais aeronaves de combate como F-35 Lightning II, F-15C Eagle e F-16C/D Fighting Falcon se juntem a eles numa tentativa de dissuadir o Irã e outros grupos militantes que se opõem a Israel de entrarem na briga, que poderá atrair outros players como China e Rússia e diversos países árabes.
“Os Estados Unidos são inequívocos no seu apoio à defesa de Israel e estão enviando um aviso a qualquer entidade que considere tirar partido deste conflito e desta guerra para aumentar a violência”, disse o Pentágono, que se recusou a responder quantos A-10 e F-15E foram enviados, onde estavam estacionados e que outras unidades poderiam se juntar a eles.
As novas forças juntam-se aos A-10C do 75th FS da Moody AFB, na Geórgia, que já operavam na região. Estes A-10C tem são um dos pilares das operações militares no Comando Central americano há décadas. As forças terrestres dependem do A-10 para bombardear e bombardear tanques, veículos blindados e outros alvos inimigos para poderem manobrar com segurança em torno de uma área.
O secretário da Força Aérea, Frank Kendall, observou em um evento do Atlantic Council na terça-feira que os aviadores que deveriam retornar de suas rotações expedicionárias no Comando Central aos Estados Unidos (US CENTCOM) permanecerão na área, com os esquadrões que chegaram substituí-los.
Isso significa que unidades como o 421st FS da Hill AFB, cujos F-35As voltaram para casa após uma missão de dois meses no Oriente Médio dias antes do conflito eclodir, irão permanecer.
O secretário da Defesa, Lloyd Austin, reforçou a ideia de permanecerem os destacamentos no Oriente Médio em uma declaração pública no domingo, 8/10: “Os EUA mantêm forças prontas mundialmente para reforçar ainda mais esta postura de dissuasão, se necessário”.
Austin voou para Israel na sexta-feira para se encontrar com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, o ministro da Defesa Yoav Gallant e outros líderes importantes antes de uma esperada invasão terrestre de Gaza. “O povo de Israel tem o apoio inabalável dos EUA e estamos empenhados em garantir que Israel tenha o que precisa para se defender”, disse Austin num post no X.
Nos próximos dias, com o desenrolar dos acontecimentos, incluindo a invasão terrestre de Gaza pelas tropas do IDF, é possível que mais aeronaves de combate, incluindo aí aeronaves de bombardeiro, reabastecimento, transportes e inteligência americanas sejam enviadas ao Oriente Médio.
@CAS