Acidente com Su-25 do Mali. Um Sukhoi Su-25 da Force Aérienne de la République du Mali, ou Força Aérea do Mali (MAF), caiu na terça-feira (04), na cidade de Gao, norte do país. O jato era pilotado por um militar russo que morreu no acidente.
O Su-25 envolvido no acidente seria o TZ-20C, que chegou no Mali em agosto de 2022 como parte de um acordo que fortalece a cooperação militar entre Bamako e Moscou. O Mali é governado por uma junta militar desde maio de 2021, após um golpe de estado que que derrubou o presidente eleito Ibrahim Boubacar Keita.
Em 2012 um grupo jihadista islâmico tomou o norte do Mali, que com o apoio militar da França, retou o controle do território. Desde então, as Forças Armadas Francesas estiveram presentes no país até fevereiro deste ano, quando o presidente francês Emmanuel Macrom anunciou a retirada das tropas do Mali, alegando a aproximação do atual governo com mercenários russos.
Por sua vez, as autoridades de transição do Mali culpam a França por abandonar seu país, e para suprir suas necessidades militares contrataram “instrutores” russos da empresa militar privada Wagner, considerada no ocidente como um grupo de mercenários que atuam em diversas ações pelo mundo.
A comunidade internacional denunciou que o Mali contratou mercenários do Grupo Wagner, uma empresa pára-militar privada russa, recentemente acusada pelo Human Rights Watch de cometer execuções extrajudiciais e abusos de direitos humanos em conjunto com militares do Mali no interior do país.
Em 2020 o Mali encomendou quatro helicópteros Mi-8MT/Mi-17Sh por US$ 61 milhões, incluindo treinamento e armas, com entregas realizadas a partir de 2021. Os Su-25 e L-39 são aquisições recentes, conforme informações divulgadas pelo Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz, de Estocolmo.
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