Presidente colombiano voa no supersônico IAI Kfir COA. O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, visitou a Base Aérea de Palanquero, onde teve a oportunidade de voar em um dos aviões de de combate IAI Kfir COA da Força Aérea Colombiana (FAC). O voo de 30 minutos serviu para o novo mandatário colombiano conhecer as aeronaves responsáveis pela defesa aérea do país, que no próximo ano serão aposentadas por atingirem o limite da sua vida útil.
Após o voo, o presidente passou pelo tradicional batismo para quem voa neste tipo de aeronave, além de receber um diploma e uma moeda do Esquadrão. “Hoje superamos a velocidade do som em um Kfir. Compartilhamos com os pilotos de elite da Aeronáutica”, divulgou nas suas redes sociais Gustavo Petro.
A visita de Petro à Palanquero no sábado (01), foi acompanhada pelo Comandante da FAC, Major General Luis Carlos Córdoba Avendaño; o Chefe do Comando de Combate Aéreo Nº 1, General de Brigada Juan Jaime Martínez Ossa, além de outros Oficiais e autoridades.
Petro almoçou na Base Aérea, onde conheceu o funcionamento e as capacidades das diferentes aeronaves que operam em Palanquero, entre elas os T-6 Texan, Cessna 172, helicópteros Black Hawk, aeronaves de apoio aéreo aproximado AC-47T Ghost, aeronaves de ligação C-208B Caravan, além do Kfir. O presidente também visitou o Centro de Treinamento Tático (CETAC), onde conheceu o funcionamento geral do Comando Aéreo de Combate.
Esta visita ocorre poucos dias depois que o ministro da Defesa colombiano, Iván Velásquez, afirmou que o governo estaria reavaliando a possibilidade de comprar novos aviões para a Força Aérea Colombiana (FAC). Esta posição reconhece que algumas aeronaves, em especialmente os caças de superioridade aérea Kfir, necessitam de substitutos mais modernos para garantir a capacidade de soberania do país.
Essa posição revista, abre a possibilidade de que o novo governo, que chegou ao poder por vezes com um discurso antimilitarista, adquira pelo menos uma frota de aeronaves de superioridade aérea para a FAC. Da mesma forma, o ministro Velásquez parece estar preocupado com a substituição das aeronaves de ataque leve A-37 Dragonfly, que operavam no norte do país e cuja substituição foi declarada prioridade máxima pela FAC.
Vale lembrar que a FAC entregou aos três últimos governos, incluindo o do atual presidente Petro, estudos sobre as aeronaves que poderiam substituir os Kfir. Os ex-presidentes, Juan Manuel Santos e Iván Duque também receberam esses estudos, mas não avançaram com o processo, que apesar de urgente, envolve altos para o orçamento nacional.
Atualmente, os aviões de combate Kfir C10 são a ponta de lança da defesa aérea da Colômbia e, segundo altos funcionários da FAC, sua vida útil terminaria em 2023. A FAC adquiriu um lote de jatos da versão C-7 em 1989, que em 2010 foram modernizados e atualizadas para a versão COA/COD.
Nos últimos anos, a frota de caças-bombardeiros Kfir da Força Aérea Colombiana aprimorou suas capacidades de combate aéreo com a incorporação de modernos radares de varredura eletrônica ativa EL/M 2052 fabricados pela empresa israelense Elta Systems, capacetes inteligentes tipo JHMCS e -Mísseis Derby ER e mísseis Python 5 de curto alcance; uma aquisição importante e estratégica que colocou a frota supersônica colombiana na vanguarda tecnológica da América Latina.
Mas, apesar desses sistemas modernos e das armas avançadas que mantêm a frota colombiana de aviões de combate em vigor no cenário regional, a passagem do tempo cobra seu preço para esses aviões veteranos, cada vez mais difíceis de manter devido à escassez de peças de reposição e a baixa confiabilidade dos seus motores.
Entre os caças habilitados para substituir os Kfirs estão o sueco Saab Gripen E, o europeu Eurofighter Typhoon, o norte-americano Lockheed Martin F-16 e o francês Dassault Rafale.
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