Rússia ataca Odessa com drones de fabricação iraniana
Rússia ataca Odessa com drones de fabricação iraniana. Um ataque de drone durante a noite perto do porto ucraniano de Odessa provocou um grande incêndio e explosão, disseram os militares na segunda-feira (26/09). O ataque teria sido efetivado por drones de origem iraniana do tipo Shahed-136. Em 2022, a Rússia comprou drones do Irã para suprir a falta destes veículos diante da guerra contra a Ucrânia, iniciada em 24 de fevereiro de 2022.
Enquanto os líderes russos enfrentam uma resistência crescente aos seus esforços para convocar centenas de milhares de homens para lutar na Ucrânia. O ataque aéreo em Odessa foi o mais recente de uma série de ataques de drones a principal cidade do sul nos últimos dias. Isso ocorreu horas depois que os Estados Unidos prometeram tomar medidas decisivas e prometeram “consequências catastróficas” se a Rússia usar armas nucleares na Ucrânia. Crescem as preocupações de que a Rússia possa tentar escalar o conflito para controlar de vez a Ucrânia.
Todas as noites e todos os dias há bombardeios inevitáveis em Donbas, sob os quais as pessoas são forçadas a votar pela “paz russa” no tal referendo, disse o governador regional de Donetsk, Pavlo Kirilenko. A Rússia anunciou um plebiscito na região para que a pupulação diga se quer ser parte da Rússia. A consulta é considerada uma coação escancarada e espera-se que a Rússia declare os resultados a seu favor, um passo que pode levar Moscou a anexar o território e dar-lhe um pretexto para tentar defendê-lo como seu próprio território sob o guarda-chuva nuclear russo.
Jake Sullivan, o conselheiro de segurança nacional dos EUA, deixou claro que a Rússia pagaria um alto preço se cumprisse suas ameaças veladas de usar armas nucleares no conflito. “Se a Rússia cruzar essa linha, haverá consequências catastróficas para a Rússia. A América responderá decisivamente”, disse ele no domingo no Meet the Press da NBC.
Nesta segunda-feira, o presidente russo, Putin, e o presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, realizaram um encontro sem aviso na cidade de Sochi, no sul da Rússia, e mostraram-se dispostos a cooperar com o Ocidente, “se nos tratarem com respeito”, disse Putin. O ministro das Relações Exteriores da Turquia, Mevlut Cavusoglu, disse que Putin disse ao presidente da Turquia durante sua reunião no Uzbequistão na semana passada que Moscou estava pronta para retomar as negociações com a Ucrânia, mas tinha “novas condições” para a suspensão do acordo. O ministro não detalhou as condições.
O Kremlin já anunciou uma mobilização parcial para adicionar pelo menos 300.000 soldados à sua força na Ucrânia no período que antecede as eleições nas regiões ocupadas. A medida, um desvio acentuado dos esforços anteriores de Putin para retratar a guerra como uma operação militar limitada que não interferiria na vida da maioria dos russos, provou ser extremamente impopular em casa.
Milhares de homens em idade de combate lotaram os aeroportos russos e passagens de fronteira terrestre para evitar serem convocados. Protestos eclodiram em várias partes do país, com a mídia russa relatando um número crescente de ataques incendiários a escritórios de alistamento militar, incluindo um que atingiu a cidade de Uryupinsk, no sul.
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