Parlamento suíço dá luz verde para governo federal comprar caças F-35A. O Conselho Nacional da Câmara Baixa da Suíça aprovou um pedido para a aquisição de 36 caças Lockheed Martin F-35A Lightning II. Apesar de alguns parlamentares pretenderem abrir uma consulta popular sobre o assunto, a votação totalizou 128 votos aprovando a compra dos jatos e 67 contrários.
“O caça norte-americano F-35A é a aeronave certa para a Suíça. É o avião mais barato e o melhor do ponto de vista tecnológico”, argumentou Jacqueline de Quattro, do Partido Liberal.
Como no mês de junho passado a Câmara Alta do Parlamento também aprovou a aquisição dos caça de quinta geração da Lockheed Martin, agora o governo federal suíço tem luz verde para seguir os trâmites legais de assinatura dos pré-contratos.
Em outra votação, os parlamentares rejeitaram uma proposta da Força Aérea Suíça (SwAF) descomissionar a atual frota de 25 caças Northrop F-5E/F Tiger II antes da chegada dos primeiros F-35A, o que deverá acontecer em 2025. A vida útil desses jatos, bem como dos McDonnell Douglas F/A-18C/D Hornets, esta chegando ao final, porém a defesa aérea do país ainda depende deles.
Políticos dos partidos Socialista e Verde, além da organização “Grupo Por uma Suíça sem Exército” (GSsA), estavam na frente da campanha “Stop F-35”, cujo objetivo era desencadear uma “iniciativa popular” ‒ um tipo de referendo suíço ‒ sobre a decisão.
Conforme noticiamos, em agosto os organizadores do “Stop F-35” anunciaram que reuniram mais de 120 mil assinaturas de cidadãos suíços a favor do referendo. Uma semana depois, o Escritório Federal de Proteção Civil (DDPS) disse que não tinha tempo para organizar uma votação popular antes de expirar o acordo previamente assinado com os Estados Unidos. O contrato, com valor de US$ 5,4 bilhões, deverá ser ratificado antes de 31 de março de 2023.
O movimento “Stop F-35” solicitou em vão, que os parlamentares rejeitassem o prazo de assinatura do contrato. Após a aprovação do Parlamento, os líderes do movimento divulgaram um comunicado assinado por Pierre-Alain Fridez, do Partido Socialista, afirmando que “o Conselho Nacional estava ignorando os direitos populares e abandonando a democracia. Estamos sendo impedidos de uma ampla discussão que deve absolutamente ser realizada. A população deve ser capaz de decidir sobre este assunto.”
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