USN envia aeronaves P-8A para caçar submarino russo. Aviões Boeing P-8A da US Navy circulam entre Malta e a Sicília para detectar vestígios de um submarino russo operando na região. Acredita-se que submarino de ataque esteja da Marinha Russa operando nas águas entre o canal Malta-Sicília, de acordo a impressa italiana, citando fontes de inteligência naval.
O jornal italiano La Repubblica afirmou que o submarino passou horas na sexta-feira (2/09) durante as quais houve intensa atividade de aviões de patrulha da US Navy com dois Boeing P-8A Poseidon focados em um pequeno trecho de mar, sobrevoando-o em círculos concêntricos em busca do submarino.
“Não está claro há quanto tempo o submarino está operando lá. A explicação mais simples é que foi implantado lá para substituir o cruzador da classe Slava, o Marshal Ustinov (088), que deixou o Mediterrâneo em 24 de agosto. Enquanto o Marshal Ustinov navega provocativamente entre o Reino Unido e a Irlanda, o submarino pode ter assumido a área do Mediterrâneo, criando um típico cenário de provocação”. — La Repubblica.
Os aviões norte-americanos P-8A do Patrol Squadron 46 (VP-46) — “Grey Knights” decolaram da NAS de Sigonella — Itália da US Navy e o perseguiram por horas, primeiro ao sul de Malta e depois em uma área entre a ilha e Capo Passero, na Sicília. Só à noite a “caça ao Outubro Vermelho” foi interrompida. Embora o acúmulo de forças da Marinha Russa no Mar Negro como parte da invasão da Ucrânia seja bem conhecido, há menos informações sobre o acúmulo de ativos navais russos no Mediterrâneo, o qual é “visto como a defesa externa para as operações no Mar Negro”. Seguindo a doutrina russa, isso pode fazer parte de um impedimento contra o envolvimento da OTAN na guerra.
Na semana passada, uma equipe naval russa, incluindo o Marechal Ustinov, o destróier Almirante Kulakov e um navio de suprimentos com destino ao Atlântico, cruzou Gibraltar sob estrito controle das fragatas e corvetas da OTAN. Eles estão agora passando ao largo da costa da Irlanda. A saída descarada — eles não desligaram os transmissores — poderia ter sido uma distração para chamar a atenção das marinhas ocidentais, enquanto o submarino nuclear russo deslizou em direção aos Pilares de Hércules.
Os submarinos nucleares navegam debaixo d’água, não deixam rastros e não precisam subir à superfície, portanto, o único meio de identificação é a análise de transmissões de rádio ou o reconhecimento de antenas de periscópio. O objetivo desta presença seria reforçar a dissuasão implantada pelo Kremlin no Mediterrâneo desde o início da guerra na Ucrânia: mais especificamente contra o porta-aviões norte-americano USS George H. W. Bush (CVN-77), que há poucos dias substituiu o USS Harry S. Truman (CVN-75), que navega agora pelo Mar Adriático.
O submarino presente no Mediterrâneo pode ser de três tipos gerais: um submarino de ataque movido a energia nuclear (SSN); um submarino de mísseis de cruzeiro da classe Oscar-II (SSGN), que está armado com 24 mísseis antinavio supersônicos Granit (SS-N-19 Shipwreck); ou um dos últimos SSGN da Marinha Russa da classe Severodvinsk, que carregam mísseis de cruzeiro capazes de realizar tanto missões antinavio quanto de ataque terrestre.
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