Delegação argentina está no Paquistão avaliando os caças JF-17. A Força Aérea Argentina (FAA) segue negociando a aquisição de um lote de caças supersônicos para suprir a lacuna existente na defesa aérea do seu território. Assim, o General Juan Martín Paleo, Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas da Argentina, está no Paquistão, conhecendo a fabrica do caça sino-paquistanês JF-17.
Sem confirmação oficial de ambos lados, especula-se que os argentinos estejam negociando um lote de 12 caças PAC/CAC JF-17A/B Bloco III, cujo valor estimado é de aproximadamente US$ 664 milhões.
Desde que o governo chinês ofertou oficialmente seus caças supersônicos para o Ministério da Defesa (detalhes aqui), esta não é a primeira visita técnica que os argentinos fazem para conhecer in loco o JF-17 Thunder Block III.
Conforme noticiamos, em maio uma delegação de oficiais da FAA esteve em Chengdu, conhecendo a linha de produção da CATIC (China National Aero-Technology Import & Export Corporation). Na ocasião, a empresa chinesa disponibilizou documentações e um simulador de voo do JF-17 para os argentinos conhecerem de perto o jato.
A tendência da Argentina de se voltar para a aquisição de equipamentos militares de origem chinesa vem preocupando os EUA. Conforme noticiamos, na tentativa de frear o ímpeto de Pequim sobre a região sul da América do Sul, os norte-americanos estão intercedendo junto ao governo britânico para flexibilizar as sansões militares decorrentes da Guerra das Malvinas/Falklands. O motivo seria a oferta de um lote de caças F-16C/D dinamarqueses para a FAA.
O caça supersônico de geração 4+ PAC/CAC JF-17 Thunder é um projeto sino-paquistanês produzido em conjunto pela Pakistan Aeronautical Complex (PAC) e Chengdu Aircraft Corporation (CAC), com 58% dos componentes fabricados no Paquistão e 42% na China. Equipado com um motor russo Klimov RD-93, o Thunder alcança velocidades próximas a Mach 1.8, com um raio de combate de até 1.350 km, podendo ser armado com mísseis ar-ar guiados, ar-solo, bombas e canhões. Atualmente o JF-17 é operado pelo Paquistão, que possui mais de 130 unidades, Mianmar com 16 jatos, e pela Nigéria com três aeronaves.
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